A elite de Blumenau e a política

Sobre a polêmica entre a SOMAR, G6 e os vereadores, algumas premissas antes de escrever este texto.

Há muita despesa para enxugar na Câmara Municipal de Blumenau, assim como na grande parte das estruturas públicas, em Santa Catarina e no Brasil, em todas as esferas de poder. Legislativo, Executivo e Judiciário.

Quando escrevo “elite”, o termo não é pejorativo. Indica empresários, profissionais liberais e outros profissionais – incluindo juízes, promotores públicos e até políticos  que se reúnem em grupos, associações e entidades para várias ações em Blumenau, entre elas, discutir política.

E para finalizar as premissas, os vereadores são considerados “o patinho feio da política”, aqueles mais fáceis de bater.

Ao longo da história, pela sua representatividade e organização, as entidades empresariais e patronais ligadas ao G6 e a SOMAR tem papel importante nos processos políticos da cidade, organizando-se em torno de candidaturas, apoiando candidatos A ou B. Existem interesses comuns, que são colocados como interesses da cidade.

Recentemente o Poder Judiciário conseguiu a autorização para contratar cerca de 500 cargos comissionados. Também recentemente a Assembleia Legislativa comprou por uma fortuna um prédio no centro da capital. São dois exemplos de ataques aos cofres públicos sem nenhuma crítica pública da Somar.

Ao colocar, em pleno período eleitoral, outdoors, criticando os gastos do Legislativo blumenauense inserido todos na mesma vala – muitos são candidatos neste pleito – a SOMAR toma uma posição, decidida por não mais de 50 pessoas.

E gera pontos de interrogação.

Uma das pessoas que participou do processo é ligada a um partido político, o Novo. Além disso, existem na linha de frente da SOMAR pessoas que trabalham na mesma empresa de um candidato a deputado federal, Jorge Cenci.

Tem influência? Não? Talvez?

Se as entidades querem realmente mudar a foma da política, elas precisam construir, com diálogo, e não colocar a faca no pescoço.

São vários os temas importantes neste momento eleitoral. Representatividade, compromisso com Pacto Federativo, segurança pública.  Campanhas para evitar abstenção, o voto nulo. Não devia serem essas as prioridades do momento?

PS: Não tenho procuração para defender os vereadores, bem longe disso, todos sabem como sou crítico com relação a postura de muitos. Mas não é desqualificando o trabalho deles que chegaremos a algum lugar.

 

 

6 Comentário

  1. Continuo dizendo (escrevendo): NÃO percamos o foco!

    A pergunta que JAMAIS calará é: de 2009 a 2017 os gastos da Câmara de Vereadores aumentaram 170%, sim ou não?

    58 estagiários, porque nos dizeres do presidentezinho da câmarazinha de vereadoreszinhos de Blumenau, o legislativozinho cumpre importante função social???

    Ora, ora, ora!

    Com o nosso dinheiro???

    Por acaso esse presidentezinho já leu o livro da Claudia Walin, “Um País Sem Excelências e Mordomias”?

    NÃO REELEGEREI!

    Alcino Carrancho

  2. Faltou colocar: “Informe publicitário, Câmara de Vereadores Blumenau.”

    Informe-se sobre o partido Novo, sobre a Somar antes de falar besteira.

  3. Tínhamos tudo para ter uma Câmara mais representativa. Infelizmente, mudamos apenas 70 % dela. Com isso, ela apodreceu com os frutos que lá estavam. Muitos mudaram tanto que estão fazendo dela um trampolim.
    Gastos exorbitantes, ou desnecessários não são mais aceitos.
    Os cartazes só apareceram por não terem tomado nenhuma atitude para diminuir os gastos.
    Acham demais terem sido expostos… mas não diminuiram um centavo. Aqui, como em toda a representação politica do país, se sentem intocáveis.
    Nossos funcionários que mandam em nós. Cansei. Nunca mais terão meu voto.

  4. Cada qual deveria fazer a sua parte para o bem de todos .

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