A difícil relação entre Mário Hildebrandt e Bruno Cunha e vice e versa

O processo de aproximação entre o prefeito Mário Hildebrandt (sem partido) e o vereador Bruno Cunha (PSB) é como uma montanha russa, com altos e baixos. No final do ano passado estava em alta, mas neste começo de 2020 parece estar em baixa.

Três ações que tiveram o dedo do vereador foram realizadas ou anunciadas pela administração municipal, mas a participação de Bruno foi ignorada, ele que tem algumas bandeiras bem definidas: sustentabilidade e preocupação com a causa animal são algumas que foram prioritárias ao longo dos três anos de mandato.

A começar pela opção da cidade pelos fogos de artifício de baixo ruídos na passagem do ano, fruto de uma lei do vereador sancionada no final de 2018. Em recente divulgação, a Prefeitura diz que “inovou” e que “em 2020 o show pirotécnico de 15 minutos será (foi) 100% com fogos de artifício de baixo ruído, garantindo mais tranquilidade e conforto aos visitantes e moradores da região central, inclusive animais e pessoas com deficiência”, sem citar Bruno Cunha.

Outro ponto foi a ação de recolher copos na Oktoberfest, para depois transformá-los em mesas, banquetas, bancos e outros, que serão doados para escolas da rede pública, uma bandeira do vereador, que teve o Instituto Gigantes da Ecologia a frente, com apoio da empresa Carbo Brasil. A primeira entrega aconteceu em dezembro e o vereador não foi convidado a participar, uma situação tradicional na política quando entende-se que o parlamentar é parceiro.

E a mais recente é o anúncio que os “pets” poderão circular todos os dias com seus tutores no Parque Vila Germânica e Ramiro Ruediger, ao contrário do que é hoje, uma vez ao mês, feito pelas redes sociais do prefeito neste fim de semana. Um debate que o vereador estava fazendo com representantes da administração municipal.

A paternidade de fatos e ações parece uma coisa menor, de ego inflado, mas não é, em especial na política. Reconhecimento e valorização são atitudes importantes para quem busca aproximar-se. O contrário simboliza que não é um parceiro prioritário.

Ao contrário de 2016, quando os candidatos Mário e Bruno andavam juntos no mesmo projeto, eles chegam ao final do mandato e o teste da reeleição sem ter a clareza de permanecerem nos mesmos trilhos.

Mário Hildebrandt, na condição de candidato à reeleição, e Bruno Cunha, na condição de segundo vereador mais votado, tem tudo para serem protagonistas no processo eleitoral em Blumenau. Concordam com muita coisa, mas tem dificuldades de assumir.

No processo eleitoral, a não repetição da parceria de quatro anos atrás pode cobrar seu preço. Para um ou para o outro.

Ou para os dois.

 

1 Comentário

  1. E a mais recente é o anúncio que os “pets” poderão circular todos os dias com seus tutores no Parque Vila Germânica e Ramiro Ruediger, ao contrário do que é hoje, uma vez ao mês, feito pelas redes sociais do prefeito neste fim de semana.

    Isto sim é um projeto , algo que ficará nos anais da historia blumenauense .Será que o vereador perguntou para as pessoas que não possuem “PET’S” o que acharam desta “grande ” ideia ?
    Quem vai recolher a urina dos “PET’S” ?
    Qualquer dia os “PET’S ” poderão frequentar restaurantes e se bobear , poderão sentar-se a mesa com seus tutores e se alguém reclamar vão dizer que é ” PETFOBIA”…vai dar cadeia .

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