TSE anuncia acordo com aplicativo de mensagens Telegram para combate às fake news

Foto: reprodução

O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) anunciou nesta terça-feira, 17, uma parceria com o aplicativo de mensagens Telegram para combate à desinformação. O acordo tem validade até 31 de dezembro deste ano.

O acordo prevê a criação de um canal oficial do TSE no Telegram para divulgação de informações oficiais sobre as eleições deste ano. Além disso, a plataforma assumiu o compromisso de criar um robô para tirar dúvidas de eleitores e desenvolver um meio de marcar conteúdos considerados “desinformativos”.

De acordo com o TSE, a parceria é a primeira do mundo de um órgão eleitoral que envolve cooperação e ações concretas com a plataforma.

O Telegram é um dos principais canais utilizados por apoiadores do presidente Jair Bolsonaro, pré-candidato à reeleição – em outras plataformas, Bolsonaro já teve diversos conteúdos bloqueados e submetidos a avisos de desinformação.

Desde o final do ano passado, o TSE vinha tentando, sem êxito, convidar o Telegram para firmar uma parceria, a exemplo do que já realizou com outras plataformas digitais. Em fevereiro, o tribunal firmou acordos com Twitter, TikTok, Facebook, WhatsApp, Google, Instagram, YouTube e Kwai.

Mas o Telegram não respondia aos convites. A atitude da plataforma mudou depois que, em 18 de março, o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes determinou a suspensão da plataforma em todo o Brasil por descumprimento de decisões judiciais do STF que envolviam o aplicativo. Depois que o Telegram cumpriu as determinações, Moraes revogou a ordem de bloqueio.

O acordo anunciado nesta terça também prevê a criação de um canal extrajudicial para que o TSE faça denúncias no aplicativo. Nesses casos, o Telegram realizará uma investigação interna a fim de apurar se houve violação dos termos de serviço e de políticas da plataforma.

O TSE fechou entendimentos individuais com cada plataforma a fim de definir como cada uma vai utilizar as próprias ferramentas para impedir a disseminação das fake news e a interferência da desinformação sobre a legitimidade e a integridade das eleições.

Fonte: g1

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