Senado aprova impeachment por 55 votos a 22

impeachment_dilmaApós uma longa discussão em uma sessão que começou às 10 horas da manhã desta quarta-feira (11) e seguiu com falas de Senadores até às 5h da manhã desta quinta-feira, o Senado Federal deu espaço para que o advogado-geral da União, Eduardo Cardozo, pudesse se manifestar. Em seguida aconteceu a votação eletrônica pelo aceite ou não do processo de impeachment.

As 06:33 horas da manhã saiu a decisão. Os senadores aprovaram por 55 votos a 22 o relatório da comissão especial do impeachment de Dilma Rousseff. Com isso, a presidente será afastada do cargo por até 180 dias, período em que seguirá o processo contra ela por ter realizado pedaladas fiscais.

Nestas últimas semanas o governo fez diversas tentativas judiciais, junto ao STF, para tentar reverter a situação. Sem efeito. O posicionamento da mais alta corte do país pode ser resumido em: o processo cumpriu o rito legal, está de acordo com a constituição, e o julgamento é agora de responsabilidade do Senado Federal, última instância do processo.

Dilma já gravou o pronunciamento oficial de despedida na tarde de ontem, antes mesmo da votação ser feita. O vídeo será publicado nas redes sociais, e não será transmitido em cadeia nacional de televisão e rádio. Às 10 horas da manhã desta quinta-feira, está marcada uma coletiva de imprensa, ato que deve ser o último da presidente antes de deixar o Palácio do Planalto. Esta prevista a saída da Dilma pela porta da frente, mas não vai descer a rampa conforme era cogitado, para não caracterizar o fim do governo – eles acreditam que podem reverter o processo.

Dos 32 ministros, Dilma já preparou um documento para exonerar 30. Seguem no cargo apenas o Ministro dos Esportes, por conta das Olimpíadas, e também o presidente do Banco Central, cuja entrada de um novo ocupante ao posto depende de uma sabatina na Câmara dos Deputados.

michel temerDilma segue como presidente do Brasil, porém afastada. Terá ainda parte da estrutura governamental à sua disposição, como o Palácio da Alvorada e alguns assessores, além dos aviões da FAB.

E Michel Temer? Bem, este teve diversas reuniões nas últimas semanas. Boa parte da equipe do “novo governo” já está montada. Dos 32 ministérios de Dilma, 10 serão incorporados à outras pastas ou perderão a prerrogativa de ministros. A grande prioridade da nova administração será a economia e a retomada do crescimento do país. Um pronunciamento de Temer está marcado para às 15 horas desta quinta-feira.

Oficialmente, o novo governo começa numa sexta-feira 13. Mas como cidadãos, independente do governo em exercício, só nos cabe torcer para que o simbolismo deste dia não influencie este novo momento do Brasil.

2 Comentário

  1. Sai PT e PC do B, entram PSDB, DEM, PPS. Os demais 20 e tantos partidos que davam sustentação até ontem à Dilma darão esta mesma sustentação ao Temer a partir de hoje… Resumo da ópera: sem mudanças. Alguns idiotas acreditam que o PT ocupa 40 mil cargos comissionados federais. Pior, acreditam que esses cargos serão extintos! Apenas serão ocupados por políticos de outros partidos. Medidas de ajuste fiscal sabotadas pela oposição serão agora apoiada pelos mesmos parlamentares. Apenas com mais ênfase em sacrificar os mais necessitados. Como diz um jornalista da região: o tempo provará o certo e o errado.

Faça um comentário

Seu e-mail não será divulgado.


*