A sessão desta Câmara de Blumenau desta terça-feira foi rápida, menos de duas horas de duração. Poucos projetos e falas dos vereadores na Tribuna Livre. E os poucos que falaram fizeram críticas pesadas à administração municipal.
A ausência de vereadores foi um dos motivos das críticas ao governo. É que muitos deixaram a sessão para comparecer a um ato de assinatura de obra para ampliação do CEI Emilia Piske, marcado para as 17 horas. As críticas se concentraram no fato de o horário e dia colidirem com a sessão da Câmara e foram feitas, especialmente, pelo presidente Aílton de Souza, o Ito (PL), e Adriano Pereira (PT).
Ao ouvir o pedido de liberação por parte de alguns colegas, o presidente Ito pediu para que fosse levado o recado ao prefeito, em “respeito a todos os vereadores”, cobrando que a Prefeitura não fizesse mais os atos em horário de sessões.
Com plenário esvaziado — em alguns momentos da Tribuna Livre, apenas cinco vereadores estavam na sessão —, poucos falaram.
Um deles foi Bruno Cunha (Cidadania), num depoimento revestido de expectativa. Foi o primeiro, depois da votação dele contra o projeto do Executivo que mexia nas parcelas e reparcelas do Issblu e das consequentes exonerações de suas indicações na Prefeitura.
Bruno começou sua fala dizendo que “o pessoal gosta de confusão”, mas manteve uma postura ponderada, falando que “determinados votos têm consequências, faz parte do jogo político”.
Recebeu o aparte dos poucos colegas presentes, entre eles, Ito. “Tenho prazer de dizer que tínhamos cargos no governo”, destacando que eram pessoas qualificadas, “mas o importante é que o seu voto não foi combinado, o senhor votou pelo servidor público”, referindo-se a Bruno.
“Seja bem-vindo ao outro lado”, afirmou Ito.
Em seguida, praticamente sem contraponto de vereadores da base, Jean Volpato (PT), Adriano Pereira (PT), Professor Gilson (União) e o próprio Ito se revezaram em críticas, algumas bastante contundentes, contra a administração Egidio Ferrari (PL).
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