O presidente da Câmara Municipal de Blumenau, Ailton de Souza, o Ito (PL), anunciou neste final de semana que o Legislativo devolverá R$ 20 milhões à Prefeitura, recursos referentes às sobras do Duodécimo, que é o valor constitucional que o Executivo precisa passar todo o ano. Ao contrário de anos anteriores, estes valores estavam no caixa da Câmara e agora foram repassados.
Nos últimos anos, a Prefeitura só repassava o necessário mensalmente, isso em comum acordo com os presidentes da casa de gestões anteriores. Em 2025, por divergências entre Aílton de Souza e a administração Egidio Ferrari (e vice-versa), o Legislativo reteve os valores, como previsto na Legislação, repassando agora a sobra, uma outra obrigação legal. A Câmara não pode reter este valor.
O presidente Ito diz que é um valor histórico, sendo o maior valor em “dinheiro” já devolvido. Mas, pelo menos nos últimos três anos, os valores que ficaram para o Executivo foram maiores, entre R$ 22 e R$ 23 milhões, no caso do ano passado.
A diferença agora é que o recurso entrará nos cofres da Prefeitura em uma só parcela e antes fazia parte do fluxo de caixa mensal.
O dinheiro no caixa do Legislativo rendeu, segundo o presidente, mais de R$ 600 mil através de juros, quantia que também será integralmente repassada ao Executivo Municipal.
No momento da devolução, o presidente da Câmara reforçou a necessidade de que o montante devolvido seja direcionado para áreas estratégicas e demandas históricas da cidade, especialmente na infraestrutura urbana. Ito chamou atenção para o fato de Blumenau ainda possuir ruas centenárias que permanecem sem pavimentação, em condições de barro, prejudicando moradores há décadas.
“Estamos fazendo este repasse ao Executivo Municipal para que possa levar benefícios a todos os blumenauenses, em especial àqueles que ainda sofrem no pó e na lama em estradas de barro”, afirmou o presidente.
Ito também defendeu que os recursos ajudem a equipe de basquete feminina de Blumenau, que pela primeira vez em oito anos ficará fora da liga nacional de 2025.
Apesar disso, a prerrogativa do uso de recursos é exclusiva do prefeito de plantão, no caso Egidio Ferrari (PL).



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