Prefeitura de Blumenau responde ao Sindetranscol

Foto: reprodução

Depois de nova manifestação do Sindicato dos Trabalhadores do Transporte Coletivo de Blumenau, cobrando a interferência do Município nas negociações com a Blumob e pedindo autorização para rodar de catraca livre em caso de novo protesto  da categoria, a Prefeitura emitiu um comunicado oficial.

Nele, a administração municipal diz que a proposta não tem amparo legal e que não pode o atuar “em dissídios coletivos da categoria, sendo que as negociações trabalhistas devem ser realizadas diretamente entre a empresa/concessionária contratada (BLUMOB) e o Sindetranscol.”

O Sindicato diz que a Blumob marcou uma reunião para segunda-feira pela manhã e que assembleias gerais estão marcadas para terça-feira.

Confira a nota da Prefeitura.

A Prefeitura de Blumenau informa, em resposta ao Ofício 372/2021, enviado ao município pelo Sindicato dos Empregados nas Empresas Permissionárias do Transporte Coletivo Urbano de Blumenau, Gaspar e Pomerode (Sindetranscol), que:

  • Considerando que as paralisações, como a ocorrida no dia 03 de agosto último, sem qualquer aviso prévio, trazem ainda mais prejuízos a todos os usuários e notadamente à coletividade;

  • Considerando os desafios trazidos na prestação do serviço de transporte coletivo em decorrência da pandemia, quando o serviço ficou integralmente suspenso num total de 130 dias, sendo impactado, ainda, pela necessária diminuição de sua capacidade operacional em razão das normas sanitárias expedidas pelo Governo do Estado/SC, hoje com a operação reduzida a menos de 50% da capacidade anterior a março de 2020;

  • Considerando que o cenário de pandemia já resultou na readequação de obrigações por parte da empresa concessionária e no aporte de subsídios tarifários extraordinários, atualmente na ordem de R$ 21.000.000,00 (vinte e um milhões de reais), voltados a reduzir o desequilíbrio econômico-financeiro da operação (do contrato de concessão), pagar salários dos trabalhadores do transporte e, consequentemente, garantir a continuidade desse serviço – essencial – em nossa cidade;

  • Considerando que a catraca livre resultaria em prejuízo aos usuários do transporte coletivo e ao município, que teriam de pagar operação do sistema de transporte, incluindo custos como o salário dos trabalhadores e combustível, entre outros. Um único dia de prestação do serviço, durante a semana, considerando o número de passageiros pagantes neste momento, cerca de 46 mil pessoas, equivale a uma receita de R$ 199 mil, de acordo com levantamento da Secretaria Municipal de Trânsito e Transportes;

  • Considerando que a Administração Pública deve pautar seus atos no princípio da legalidade:
    A proposta de liberação das catracas não possui qualquer amparo legal ou contratual que possa legitimá-la, sendo o impraticável, vedado pelo próprio contrato de concessão.

O poder público informa, ainda, que cabe ao Município, por meio da Secretaria Municipal de Trânsito e Transportes, a fiscalização acerca da execução do contrato por parte da empresa contratada/concessionária. Além disso, o Tribunal Regional do Trabalho, inclusive, já decidiu (Ação Cautelar perante o E. TRT/12 Região) a respeito de caso específico de Blumenau no sentido da impossibilidade do Município atuar em dissídios coletivos da categoria, sendo que as negociações trabalhistas devem ser realizadas diretamente entre a empresa/concessionária contratada (BLUMOB) e o Sindetranscol.

Confira o ofício.

Fonte: PMB

1 Comentário

  1. Todo ano a mesma coisa, questões salariais entre empresa e empregado deve ser resolvido entre eles , a Prefeitura não tem nada a ver com esta questão e muito menos os usuários que são prejudicados pelas greves e paralisações . Todo ano é a mesa vergonha , todo ano é a mesma ladainha , será que não enxergam que o ano de 2020 e o inicio deste ano foi de pandemia ? Será que são os funcionários ou os sindicalistas ?

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