Precisamos falar sobre direitos humanos

Felipe Gabriel Schultze

Bacharel em direito

Não quero aparentar o politicamente correto, mas é necessário falarmos sobre os preconceitos que matam. Matam milhares de negros pelo racismo, mata milhares de mulheres pelo feminicídio, mata milhares de gays pela homofobia.

Movimentos de resistência não podem ser discriminados. Todos que se importam na defesa de direitos pedem a igualdade na diferença.

A questão não é ser de direita ou de esquerda. Você não precisa vestir a camisa do Che Guevara, para defender o fim da cultura do estupro, por exemplo.

Ou você acha que a violência é uma grande bobagem? De acordo com Flávia Piovesan, os direitos humanos, sob perspectiva de raça e gênero, tem o dever de repudiar atos discriminatórios.

Não pôde-se calar, nem fechar os olhos com respostas fáceis e discursos populistas que acham que direitos humanos são grandes bobagens. Hitler também achava isso.

Os direitos humanos defendem os oprimidos e também defendem o homem de classe média contra qualquer tipo de abuso. Apesar de, segundo Bobbio, existir seus ônus e bônus, políticas públicas em defesa das minorias não tiram direitos de ninguém, somam direitos.

Não existe democracia onde não foram semeados os direitos fundamentais, também teoria de Bobbio. É preciso sair em defesa dos direitos onde a nossa constituição, além de ser pioneira na América do Sul, elencou como primeira importância em nosso ordenamento jurídico. O constitucionalismo viveu um momento mais enfático após a segunda guerra se preocupando ainda mais com a dignidade da pessoa humana, mas com estes pré conceito é falta de diálogo, corremos o risco de colocar tudo a perder.

Para sair em defesa das minorias não é preciso ser a minoria, é possível ser apenas humano para defender os seus direitos.

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