PIB do Brasil cresce 1,2% no primeiro trimestre e volta ao patamar pré-pandemia

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O PIB (Produto Interno Bruto) brasileiro cresceu 1,2% no primeiro trimestre deste ano, na comparação com os últimos três meses de 2020, informou o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) nesta terça-feira, 1º de junho. Esse é o terceiro resultado positivo do indicador, depois dos recuos registrados no ano passado, de queda de 2,2% no primeiro trimestre e tombo de 9,2% no segundo trimestre.

Com o resultado, o PIB voltou ao patamar do quarto trimestre de 2019, período pré-pandemia, mas ainda está 3,1% abaixo do ponto mais alto da atividade econômica do país, alcançado no primeiro trimestre de 2014, disse o IBGE.

“Mesmo com a segunda onda da pandemia de Covid-19, o PIB cresceu no primeiro trimestre, já que, diferente do ano passado, não houve tantas restrições que impediram o funcionamento das atividades econômicas no país”, disse a coordenadora de Contas Nacionais do IBGE, Rebeca Palis

Em valores atuais, o PIB, que é soma dos bens e serviços produzidos no Brasil, chegou a R$ 2,048 trilhões, segundo dados do Sistema de Contas Nacionais Trimestrais.

Alta é puxada por agropecuária, indústria e serviços

A expansão da economia brasileira veio dos resultados positivos na agropecuária (5,7%), na indústria (0,7%) e nos serviços (0,4%), diz o IBGE.

Na agropecuária, o instituto diz que a alta foi puxada pela melhora na produtividade e no desempenho de alguns produtos, sobretudo, a soja, que tem maior peso na lavoura brasileira e previsão de safra recorde este ano.

Já na atividade industrial, o avanço veio das indústrias extrativas (3,2%). Também apresentou crescimento a construção (2,1%). O único resultado negativo foi das indústrias de transformação, com queda de 0,5%. “Todos subsetores da indústria cresceram, menos a indústria de transformação, que tem o maior peso, impactada pela indústria alimentícia, que afetou o consumo das famílias”, conta Rebeca.

Nos serviços, que contribuem com 73% do PIB, os resultados positivos foram em transporte, armazenagem e correio (3,6%), intermediação financeira e seguros (1,7%), informação e comunicação (1,4%), comércio (1,2%) e atividades imobiliárias (1%).

“A única variação negativa foi a da administração, saúde e educação pública (-0,6%). Não está havendo muitos concursos para o preenchimento de vagas e está ocorrendo aposentadoria de trabalhadores, reduzindo a ocupação do setor. Isso afeta a contribuição da atividade para o valor adicionado”, explicou a coordenadora de Contas Nacionais.

Consumo das famílias fica estável

O consumo das famílias ficou estável no primeiro trimestre deste ano, frente ao quarto trimestre. Já o consumo do governo teve queda de 0,8%.

“O aumento da inflação pesou, principalmente, no consumo de alimentos ao longo desse período. O mercado de trabalho desaquecido também. Houve ainda redução significativa nos pagamentos dos programas do governo às famílias, como o auxílio emergencial”, diz Rebeca Palis, observando, por outro lado, que houve aumento no crédito para pessoas físicas.

A balança comercial brasileira teve uma alta de 3,7% nas exportações de bens e serviços, enquanto as importações cresceram 11,6% em relação ao quarto trimestre de 2020. “Na pauta de importações, destacaram-se os produtos farmoquímicos para a produção de vacinas contra a Covid-19, máquinas e aparelhos elétricos, e produtos de metal. Entre as exportações, foram os produtos alimentícios e veículo automotores.

Queda de 4,1% em 2020

No ano passado, a economia brasileira sentiu os efeitos da pandemia, e o PIB brasileiro registrou tombo de 4,1%, a maior retração desde 1990, quando o indicador recuou 4,35%, no governo do ex-presidente Fernando Collor.

Fonte: CNN Brasil

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