Os candidatos à Presidência dos candidatos ao Governo de SC

Dos sete candidatos ao Governo de SC, estado considerado como um dos mais bolsonaristas do país, é possível identificar claramente dois cabos eleitorais convictos do presidente Jair Bolsonaro (PL) e do projeto de reeleição dele: Jorginho Mello (PL) e Esperidião Amin (PP). Os dois fazem questão de enfatizar a defesa da administração federal e passar o pano sobre os problemas.

Outros três são a turma do muro, daqueles que até podem votar no Bolsonaro em um eventual segundo turno, mas não parecem estar muito preocupados com a disputa nacional. Neste grupo estão Carlos Moisés (Republicanos), Gean Loureiro (União) e Odair Tramontin (Novo).

Tramontin não faz a defesa do presidente Bolsonaro, mas é o que mais ataca o ex-presidente Lula (PT), trabalhando de uma forma indireta.

Gean Loureiro tem como coordenador político um cabo eleitoral de primeira de Bolsonaro, João Rodrigues (PSD), prefeito de Chapecó. Mas não comunga do mesmo entusiasmo de Rodrigues. No recente debate na Som Maior e em entrevista para o Informe em julho, o ex-prefeito de Florianópolis saiu pela tangente quando perguntado quem é seu candidato preferido: “governador não pode escolher presidente, tem que trabalhar com  todos”, tem sido a linha de raciocínio mantida por Loureiro.

Já Carlos Moisés, um desconhecido que se elegeu governador por conta da onda 17, é outro político. Não entra em dividida e quando perguntado sobre sua relação com o presidente diz que Santa Catarina é o estado mais “colaborativo” do Governo Federal.

Jorge Boeira, do PDT, orbita em torno de um planeta a parte, o de Ciro Gomes (PDT), mas com um coração no PT de Lula. É oposição a Bolsonaro.

Já Décio Lima (PT) procura colar ainda mais – se isso fosse possível! – sua imagem na disputa presidencial, junto a Lula. Faz questão de frisar que a politica tem lado e aposta em quebrar a rejeição ao Partido dos Trabalhadores aqui no estado. É uma aposta arriscada, mas faz sentido.

Em 2018, a exceção do petista, todos queriam estar com o candidato Bolsonaro. Quatro anos depois, o presidente Bolsonaro não é mais unanimidade, mas ainda tem muita força junto ao eleitor catarinense. E o Décio continua do lado que estava. 

 

 

 

 

 

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