Os 100 dias dos novos Governos

Cem dias é uma marca simbólica que se criou para fazer uma avaliação e até uma auto avaliação do inicio de qualquer gestão. É muito pouco tempo para tal, faltam 1.360 dias de mandato ainda. Mas já é possível perceber avanços no Brasil e Santa Catarina na relação com as gestões passadas.

Jorginho é a antítese do seu antecessor, um desconhecido na política e que assumiu o governo achando que poderia desprezar a classe política, se encastelando na Casa da Agronômica, sem dialogar com as lideranças catarinenses. Ex-deputado estadual, federal, senador, Jorginho sabe que a arte da política é o diálogo e tem buscado construir uma relação de harmonia com a Assembleia Legislativa e até com o Governo Federa do PT.

De prático, tem como portfólio nestes 100 primeiros dias a redução das filas de cirurgia em Santa Catarina, promessa de campanha de Jorginho candidato, ajudada pela prioridade dada também pelo Governo Federal, que disponibilizou recursos para os estados. Outra promessa sua de campanha, a Faculdade Gratuita, não avançou e está longe de ser consenso.

Entre as dificuldades do Governo está a suspensão das bolsas de estudo para o ensino médio e a demora em fazer todas as engrenagens da máquina funcionar. Basta lembrar que ainda não conseguiu um secretário de Segurança Pública, passados cem dias de gestão.

Já o Governo Lula (PT) tem como grande mérito a volta do diálogo e a reinserção do Brasil no cenário mundial. Nesta semana Lula estará na China, já esteve nos EUA, Argentina e Uruguai e outras viagens estão previstas ainda para este mundo. O Brasil, que era visto com desconfiança entre as demais nações democráticas, voltou a ser visto com olhares de respeito.

Na política, Lula e seus ministros mostram uma outra relação com a classe política, a sociedade e a imprensa, claro, sempre comparando com o governo anterior. E mostram o valor da democracia, manchada pelos atos golpistas do dia 8 de janeiro.

Talvez, de forma simbólica, o que melhor resume o caráter positivo destes 100 dias, está no dia 31 de março. Pela primeira vez, nos últimos cinco anos, não se ouviu celebrações para um dos momentos mais tristes da nossa história recente, a Ditadura Militar.

Outro ponto importante foi o relançamento de programas sociais das gestões petistas, como o Minha Casa Minha Vida e o Mais Médicos, além do Bolsa Família que voltou a ter o nome original e está turbinado.

Na economia, onde aparecem as maiores cobranças, Lula faz o que prometeu na campanha. Investir no social, um discurso que não agrada o mercado, mas vai ao encontro dos seus eleitores e das necessidades do país. Um investimento que a curto prazo retorna para a economia brasileira, na visão do presidente.

É na economia que o Governo Lula deveria focar sua atenção. Ela indo minimamente bem, a população tende a dar crédito para avanços mais estruturais. A economia não vai bem e esta é uma desconfiança que precisar ser dissipada.

Sim, o presidente Lula faz declarações desnecessárias e infelizes, como no caso do senador e ex-juiz Sérgio Moro (União). Não precisava. Experiente, deveria saber em quais polêmicas deve entrar.

 

 

3 Comentário

  1. Quanta falsidade nessa sua descrição de puxa saco da esquerda.
    Na verdade não é isto que você descreve.
    Está sendo uma calamidade atrás da outra, esse desgoverno.

  2. Como é bom ver as viúvas carpideiras desabarem nas matérias do excepcional jornalista, Alexandre Gonçalves. O período da civilidade voltou e é disso que precisamos falar. Ademais: chega de mimi! Vão ficar chorando até quando?

  3. Sr. Paulo.
    Continue surdo e cego para
    o que está acontecendo ao seu redor.
    A esquerda necessita de brasileiros como você.
    Os Brasileiros de verdade acordaram.

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