Opinião | Essa cerveja, não!

Imagem: reprodução

A teoria das janelas quebradas ou “broken windows theory” é um modelo norte-americano de política de segurança pública utilizada para o enfrentamento e combate ao crime. Segundo essa teoria, o descuido e a desordem são fatores de elevação dos índices da criminalidade. Se não forem reprimidos, na raiz, os pequenos atos e/ou delitos, inevitavelmente, condutas mais graves surgem e, aos poucos, tomam conta de toda a cidade.

Ao citar esta teoria, quero parabenizar a decisão do prefeito Mario Hildebrandt, tomada na tarde de ontem (4/10/2022), que vetou a comercialização de uma cerveja que, em tese, fazia alusão prometia vender a bebida com aroma de uma substância que, salvo melhor juízo, ainda é considerado um entorpecente ilícito.

Penso que foi uma decisão acertada e que corta, na raiz, um pequeno ato que poderia até passar despercebido por muitos, mas que certamente abriria caminho, quem sabe, para outras permissividades nada salutares ao futuro da festa; à vida das pessoas, especialmente, às milhares de famílias e crianças que frequentam a Oktoberfest.

Devemos ressaltar que o uso deste entorpecente específico ainda é considerado um ilícito, nos termos da Lei 11.343/06 (conhecida como a Lei de Drogas), sujeitando o usuário infrator às penalidades previstas nesta lei.

Nesse diapasão, é bom lembrar que a Oktoberfest já teve momentos no passado em que recebeu mais de 1 (um) milhão de visitantes; passou por períodos não tão felizes, quando havia muita baderna; mas, nos últimos anos soube novamente se qualificar e resgatar os valores culturais originais, as tradições germânicas, a gastronomia, a ponto de ser o sucesso consolidado que é hoje em dia.

A cidade está bonita, organizada e preparada para receber de braços abertos os turistas, que tenhamos uma festa inesquecível!

3 Comentário

  1. Sinceramente pelo que tenho conhecimento não é entorpecente e deixar chegar a está situação com a empresa pronta para revenda. Aí o prefeito manda tirar, coisa de amador.

  2. Pessoal precisamos pensar na apologia que se faz ao uso da erva com um produto desse nível, jamais podemos tolerar, já não basta a destruição do álcool sendo liberado livremente, muito cuidado pois tem um impacto direto e indireto ao consumo da erva.

  3. Coca-Cola possui extrato aromático da folha de coca. Aliás, está até no nome.

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