O que fez o vereador Tuca Santos mudar de posição na escolha do bloco partidário na Câmara de Blumenau

Foi o  pragmatismo, sem juízo de valor. Vereador de primeiro mandato, advogado de formação, Emmanuel Tuca Santos (NOVO) buscava a presidência da Comissão de Constituição e Justiça da Câmara de Blumenau, a comissão mais importante por ser onde se define a constitucionalidade ou não dos projetos antes de ir para o Plenário.

Ele faz parte do bloco de oito vereadores que elegeu Egídio Beckhauser (Republicanos) e seria natural que permanecesse com os pares na definição dos blocos partidários na sessão desta terça-feira, a primeira da nova Legislatura. Mas para surpresa de muitos, assinou adesão ao bloco que une PSDB-Podemos-SD-Patriota-DEM, liderado por Alexandre Matias (PSDB).

Ao perceber a manobra em curso,  o bloco CID-REP-PSL-PSD-PT-PL-PP, liderado por Bruno Cunha (Cidadania), interrompeu a sessão e na volta Tuca Santos retirou a assinatura que tinha feito antes e anunciou que estava fechando com este bloco.

A decisão irritou Alexandre Matias, que na tribuna e depois para este jornalista, fez duras criticas ao colega. “Na política, é comum não respeitarem a palavra, mas hoje presenciei nem mesmo a assinatura ser respeitada. É a comprovação de que a gente tem cada vez menos gente séria nessa Casa Legislativa”, disparou na tribuna.

O tucano disse que estava tranquilo, pois o próprio Tuca o teria procurado para assinar a adesão, em troca de ser o presidente da CCJ. “Estava tranquilo, ele não deu apenas a palavra, assinou um documento”, disse Matias.

Tuca Santos confirmou que seu desejo era a presidência da CCJ, em especial pela sua formação, entendo que pode contribuir bastante. Ele disse que Almir Vieira (PP), que integra o mesmo bloco, sinalizou interesse em ocupar a presidência,  o que o teria motivado a procurar Alexandre Matias e assinar a adesão do outro lado.

Diz que mudou de lado quando ouviu Jovino Cardoso (SD) manifestar interesse na vaga, inclusive ameaçando deixar o bloco governista (que conta também com Professor Gilson (Patriota), considerado independente).  Mas foi quando Bruno Cunha e companhia demoveram Almir Vieira da presidência e ofereceram o espaço para Tuca que o acordo foi selado.

A assinatura de Tuca garantiu a maioria para o grupo em todas as comissões.

Em suas rede escreveu: “dialogamos, conversamos, debatemos e no fim chegamos a um acordo pensando unicamente no cidadão blumenauense”.

 

1 Comentário

  1. Novo velho jeito de fazer política! Essa turma que é eleita na onda da “Nova” política é uma piada! Tanto na política quanto em qualquer outro meio vc tem que ter caráter e honrar com seus compromissos, e hoje vemos uma política onde os “representantes” estão mais preocupados em digladiar pelo poder, pelo ego e a população que se f…, Parece até que tanto no cenário mundial, quanto local estamos assistindo verdadeiros jogos de futebol, e não pessoas que realmente estão preocupados com o anseio da população. Precisamos zerar e começar de novo!

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