Minha relação com Carlos Lange – e com as fontes

Foto: Alexandre Gonçalves/Informe Blumenau

Alexandre Gonçalves

Jornalista

 

 

Conheci Carlos Lange recentemente, quando assumiu o Seterb, em meados de 2015.

Nunca fomos amigos, mas sempre tivemos uma relação muito cordial, até um dia que nos desentendemos, uma situação desagradável vista por muitos no terceiro andar da Prefeitura, minutos antes de um ato importante, não lembro qual era. Se não me engano, foi no começo de 2018.

Ele me interpelou em voz alta por conta de uma reportagem que fiz, naquele período conturbado da história do Seterb, que começou com as greves, as intervenções e o fim do Consórcio Siga até a Blumob, com o inesquecível período da Piracicabana.

Na hora me esquentei e ficamos naquele bate boca, com a chegada providencial da turma do deixa disso.

Não sei se ele agiu errado comigo ou se eu agi errado com ele naquele episódio. O certo é que nós dois agimos errados e ninguém teve a humildade de reconhecer.

Depois, o clima de cordialidade nunca mais foi o mesmo e confesso que lamentei, pois ouvia dos amigos e conhecidos comuns que ele era gente boa, da paz, uma pessoa do bem, o que sempre me passou até o imbróglio.

É esta imagem que fica para mim e faço questão de dizer isso neste momento de nova jornada para ele, seja para onde for.

Fazer jornalismo local diário, político, com opinião, nos faz andar numa linha muito tênue. Me orgulho muito da minha relação com as fontes, busco ter sempre uma relação de camaradagem, transparência e respeito, mesmo em situações de críticas mais contundentes.

Em um ou outro caso, a coisa desanda, como foi com Carlos Lange.

Fico realmente triste com sua partida.

 

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