Mário, um cidadão de Blumenau – e da Câmara

Foto: PMB

Natural de Mirim Doce, no Alto Vale do Itajaí, Mário Hildebrandt (Podemos) tem uma trajetória de serviços que justificam a honraria aprovada pela Câmara de Vereadores nesta quinta-feira, que concede a ele o título de Cidadão Blumenauense. Secretário de Assistência Social, vereador, presidente do Legislativo, vice-prefeito, prefeito e prefeito reeleito.

Portanto, a homenagem, além de ser justa, não causa surpresa. Mas chama a atenção a aproximação da Câmara a administração municipal e vice versa. Recentemente o prefeito esteve no Legislativo, sendo que a última na sessão de terça-feira, para pedir pessoalmente autorização para investimentos na cidade e também para sancionar uma lei.

Até não muito tempo, os vereadores de oposição e os chamados independentes se queixavam da postura considerada discriminatória por parte do prefeito em sanções de leis, convidando apenas os parlamentares ligados a base governista.

Esta Legislatura começou com uma sinalização de uma maioria mais consistente pela oposição, basta lembrar a eleição da Mesa Diretora, quando os candidatos do Governo ficaram de fora. Mas logo as coisas se acomodaram, com a vinda dos então “rebeldes” Almir Vieira (PP) e Aílton de Souza, o Ito (PL), para a base. O presidente Egídio Beckhauser (Republicanos), que garantiu sua eleição na coligação do projeto de reeleição, mas elegeu-se para o comando da casa dando um nó na estratégia do Governo, movimenta-se com um pé em cada lado – situação e oposição -, mas tem dado mostras de fidelidade.

O PSD, partido da vereadora Silmara Miguel, sempre foi próximo ao prefeito, mas a conversa azedou com o Chefe de Gabinete César Botelho e ainda não foi retomada, colocando a parlamentar na oposição, assim como Carlos Wagner (PSL), Adriano Pereira (PT) e Emannuel Tuca dos Santos (Novo), substituído temporariamente pelo suplente Diego Nasatto, que aliás, foi o único a votar contrário a honraria concedida ao prefeito – ele e o Novo são contra estas honrarias. Bruno Cunha (Cidadania) se define como independente e tem uma relação de altos e baixos com o prefeito e é possível dizer que está mais para alto neste momento.

Professor Gilson (Patriota), que na Legislatura passada fazia uma oposição sistemática, atualmente está afinado com as pautas governistas.

Fechados com o Governo desde o começo são Alexandre Matias (PSDB) – autor da proposta, que depois teve que ser feita pela Mesa Diretora – Maurício Goll (PSDB), Cristiane Loureiro e Marcelo Lanzarin (Podemos),  Jovino Cardoso (SD) e Marcos da Rosa (DEM). Com Almir Vieira, Ito, Professor Gilson e Egídio, são 10 parlamentares, uma maioria tranquila.

 

1 Comentário

  1. Então , depois falamos que a Câmara é composta na sua maioria pelos subservientes do Prefeito , tem vereador que fica “bicudo”, que só criticamos o legislativo , etc…. Não temos vereança em Blumenau , temos assessores do prefeito que atuam como vereadores , e isto tudo , devido aos cargos comissionados e as regalias .
    Até aqueles que se faziam de oposição , pularam o muro e agora estão na assessoria do prefeito .

    O legislativo deveria ser a ” Casa do Povo ” , mas na verdade é a ” Casa dos Patos” e os patos somos nós blumenauenses .

Faça um comentário

Seu e-mail não será divulgado.


*