Frente na Alesc quer viabilizar recursos para comunidades terapêuticas

Foto: Solon Soares/Agência AL

A regulamentação de um fundo estadual voltado às comunidades terapêuticas é a principal bandeira da Frente Parlamentar em Defesa das Comunidades Terapêuticas, lançada na noite desta segunda-feira, 17, na Assembleia Legislativa de Santa Catarina. Representantes de comunidades de todo o estado participaram do evento, realizado no Plenarinho Deputado Paulo Stuart Wright.

Coordenada pelo deputado Marcos da Rosa (União), a frente foi criada com o objetivo de apoiar as quase 180 comunidades que atuam na recuperação de dependentes químicos. Para isso, pretende buscar junto ao governo estadual a regulamentação de um fundo, vinculado à Secretaria de Estado de Segurança Pública, que existe há anos, mas não recebe recursos.

“Pensamos em sugerir a criação de um fundo, mas descobrimos que já existe esse que nunca recebeu um centavo”, disse o deputado. “Nosso objetivo é sensibilizar o governo a regulamentar esse fundo, para que ele possa receber aportes.”

Os recursos, conforme Rosa, seriam destinados para oferecer mais estrutura às comunidades terapêuticas. “Esse dinheiro permitiria, por exemplo, que a comunidade oferecesse cursos profissionalizantes para seus internos. Muitas vezes, as pessoas se recuperam das drogas, mas não encontram apoio depois que saem do tratamento e retornam ao vício.”

O lançamento da frente parlamentar contou com a participação de representantes da Federação de Comunidades Terapêuticas de Santa Catarina (Fecotesc) e do Conselho Estadual de Entorpecentes (Conen). Alceu de Mello, que é vice-presidente da Fecotesc, afirmou que a iniciativa vem em boa hora, já que as comunidades precisam de recursos para aprimorar e qualificar os serviços que prestam. “A sociedade toda vai se beneficiar com esse trabalho”, comentou.

Vânio de Oliveira, também da Fecotesc, lembrou que o Estado já financia leitos para tratamento de dependentes químicos nas comunidades, mas é preciso investir, também, na estruturação do atendimento dessas entidades. “É algo que vai dar sustentabilidade às comunidades, mas é preciso que haja garantia de que os recursos realmente serão investidos no trabalho desenvolvido pelas comunidades”, afirmou.

O presidente do Conen, Fernando Henrique da Silveira, defendeu uma união de esforços em prol das comunidades terapêuticas. Ele também destacou a necessidade de investimentos na capacitação dos funcionários que trabalham nessas entidades.

Além do deputado Marcos da Rosa, integram a frente parlamentar os deputados Napoleão Bernardes (PSD), Mauricio Eskudlark (PL), Jair Miotto (União), Sergio Motta (Republicanos) e Lucas Neves (Podemos).

Fonte: Alesc

2 Comentário

  1. Os problemas decorrentes da dependência química não é um problema de um dendê outro, é um problema social e de estado. Se em algum momento i cidadão enveredou por esse caminho, é porque o estado falhou e cabe ao estado auxiliar na solução. Não dá voto, por isso o fundo a que se refere a reportagem nunca recebeu dinheiro, mas é dever e obrigação do estado. Parabéns aos deputados envolvidos na causa.

  2. Usem este dinheiro nas escolas , uma criança bem orientada não vai para o vício .

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