Fiocruz lança aplicativo que oferece serviços para a população LGBTI

Imagem: reprodução

A Fiocruz lança, nesta quarta-feira, 18, o aplicativo Dandarah, que oferece uma série de serviços para a população LGBTI (lésbicas, gays, bissexuais, travestis, mulheres transexuais, homens trans e Intersexos).

Segundo a fundação, o aplicativo propõe um ecossistema digital para facilitar à população LGBTI se informar, denunciar, registrar, enfrentar e evitar diversas formas de violência que essa população está sujeita.

A pesquisadora responsável pelo Projeto Resistência Arco-Íris, Dra. Mônica Malta, teve como base para o desenvolvimento do app uma pesquisa iniciada há dois anos e também as informações obtidas através de grupos mobilizados em diversas cidades brasileiras, reunindo lideranças, profissionais de educação, assessoras parlamentares e ativistas LGBTI.

A partir da discussão de temas como panorama e impacto da violência, estigma e discriminação voltados para a população LGBTI no Brasil, foi possível estabelecer um processo colaborativo para que o app seja uma ferramenta amplamente utilizada pela população LGBTI.

“Queremos que o app Dandarah seja uma fonte de informação para a comunidade LGBTI. Vamos geolocalizar locais seguros para essas pessoas e o cadastro desses ambientes será feito pelos próprios usuários” explica Angélica Baptista, especialista em saúde digital e que também é uma das pesquisadoras do projeto Resistência Arco-Íris.

Por conta dos altos índices de violência contra a população LGBTI, Dandarah conta com um botão de pânico que, quando acionado, envia imediatamente para cinco pessoas cadastradas pelo usuário, uma mensagem informando que ele (a) se encontra em situação de risco.

O app também será um canal de informação sobre delegacias e serviços de apoio mais próximos e de locais seguros para LGBTI – tudo com contribuição do usuário, que poderá marcar esses locais no mapa.

O Brasil ocupa o 1º lugar no ranking de países que mais matam pessoas trans no mundo e é um dos mais violentos para pessoas LGBTI em geral. Há ainda uma dificuldade em realizar registros de denúncias e a efetiva a participação da população em ações pensadas para o enfrentamento da violência LGBTIfóbica.

O Dandarah foi batizado em homenagem à travesti Dandara Ketlyn– assassinada brutalmente em 2017, no Ceará.

Fonte: G1

1 Comentário

  1. Não entendo porque as pessoas LGBTI possuem privilégios diferentes das demais pessoas . São seres humanos iguais a qualquer um , porque privilégios diferentes ?

    Falam tanto de homofobia , mas penso que a maior homofobia é cometida quando fazem destas pessoas seres humanos diferentes dos demais . Sou hétero , se não me comportar de acordo com a boa educação , o bom senso , com dignidade , não poderei reclamar se alguém me questionar , e isto não significa que a pessoa esta errada , eu cometi deslizes .
    Somos aquilo que queremos ser , basta sabermos conviver em sociedade .

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