Eleição do Conselho Tutelar e uma prévia para 2024 em Blumenau

Foto: PMB

Muita gente diz que eleição para o Conselho Tutelar é uma coisa e para vereador é outra. E é verdade. Mas, faltando menos de um ano para as eleições municipais, as campanhas se confundem com as de vereador, com boa parte da classe política local envolvida, de olho em 2024. O resultado traz para o páreo alguns eleitos, aponta potenciais cabos eleitorais e descarta um ou outro possível candidato à Câmara por conta do desempenho.

Dos 15 eleitos, três tiveram votação superior a mil votos, um desempenho e tanto, ainda mais se pensarmos que o total de eleitores foi de 15.724. Quase todos os 15 tiveram o apoio e envolvimento de vereadores e secretários municipais, além de assessores.

O destaque nesta eleição foi Eneias Staroski Nunes, com 1.590 votos. Em 2019 ele foi eleito com 639 votos. Ligado a Igreja Assembleia de Deus, tem proximidade com o vereador Jovino Cardoso (SD) e contou com o apoio do ex-presidente da Câmara, Egídio Beckhauser (Republicanos).

Outro destaque importante foi Camila Gonzaga, com 1.079. Assistente social ligada a movimentos sociais e dos direitos humanos, filiada ao PT, contou com o apoio dos partidos de esquerda e de representantes do campo progressista.

A terceira colocada também é uma conselheira reeleita, Jaqueline Mette, 1066 votos. Nora do vereador Aílton de Souza, o Ito (PL),  teve apoio do gabinete dele.

A quarta colocada foi a conselheira mais votada em 2019, Fernanda Tribess, que diminuiu 61 votos em relação ao desempenho de 2018, ficando com 853. É filha do ex-vereador Roberto Tribess, assessor parlamentar do deputado federal Ivan Naatz (PL) e que contou com o apoio do professor Ramalho, que fez 2,058 votos pelo Republicanos em 2022.

O quinto colocado é Antônio Cordova, um policial militar reformado, que fez 727 votos, Contou com apoio de parte da corporação e até do ex-comandante Jefferson Schmidt.

Em sexto, Paulo César Dittrich, reeleito, com  722 votos. Morador da região da Escola Agrícola, contou com o apoio de assessores ligados ao vereador licenciado Alexandre Matias (PSDB), hoje secretário de Educação.

Na sétima posição, Beatrice da Silva, com 630 votos. Teve o apoio de dois conselheiros da atual gestão, Robson Wagner e Cibele Cordeiro. Robson é ligado ao vereador Maurício Goll (PSDB) e ocupa cargo comissionado na Prefeitura indicado pelo tucano.

O líder comunitário Orides Schanaider, conhecido como “Shimia”, foi reeleito em oitavo lugar, com 614 votos. Irmão do diretor de Comunicação da Câmara, Wagner Schanaider, filiado ao PT, foi um importante cabo eleitoral, mas não dentro da sigla. Também contou com a simpatia do presidente Legislativo, Almir Vieira (PP).

Cicleide Souza foi suplente em 2019 e depois ocupou a vaga. Nesta eleição fez 588 votos, ficando em nona posição. Não consegui muita informação sobre ela, mais sei que alguns assessores do vereador Bruno Cunha (Cidadania) trabalharam por ela.

Emerson Felippi fez 587 votos e ficou em 10º lugar. Foi eleito em 2015 e candidato a vereador em 2016 pelo PSB, na época que Mário Hildebrandt comandava a sigla. Tem proximidade com o grupo mais ligado ao prefeito, entre eles, o secretário de comunicação André Espezim.

Nivea Weigmann ficou em 11º, com 491 votos. Esposa de João Valle (PL), assessor parlamentar da deputada federal Júlia Zanatta (PL), contou como o apoio de Edson Fagundes, assessor parlamentar ligado ao PSD, em especial a família Guidi, e também o suplente de vereador Ronaldo Regis, filiado ao Cidadania, por enquanto.

Em 12º lugar ficou a vereadora suplente  Leizi Moritz (Podemos), que assumiu recentemente uma cadeira no Legislativo. Fez 468 votos. Gerente na Secretaria de Desenvolvimento Social, contou com apoio de setores ligados a assistência social da Prefeitura e também ao presidente do Legislativo, Almir Vieira.

Os três últimos nomes não consegui muita informação. Aline da Silva foi suplente na eleição passada e assumiu. Nesta conquistou  444 votos. Marivani de Souza também assumiu como suplente no mandato passado e pelo que ouvi teve o apoio do vereador Cezar Campesatto (União). Nesta eleição fez 414 votos. E por fim,  Neusa Martins, com 400 votos.

Os conselheiros tutelares atuam na proteção e garantia dos direitos de crianças e adolescentes e agem sempre que há alguma ameaça ou violação, seja pela sociedade, Estado, pais, responsáveis, ou em razão de sua própria conduta. Eles também realizam ações preventivas, fiscalizando entidades e mobilizando a comunidade para a promoção e proteção dos direitos de crianças e adolescentes.

É um trabalho social fundamental para a sociedade, em especial a mais vulnerável e carente do acesso a direitos básico.

E que, com o processo eleitoral, ganha contornos de prévia para 2024.

3 Comentário

  1. O Informe Blumenau respondeu aos meus amigos , porque não me candidatei para o conselho Tutelar . A Maioria dos eleitos teve dedo de político , até no conselho Tutelar eles se metem para fazerem suas mazelas.É uma vergonha ver político se meter com eleição do conselho Tutelar , usar da máquina pública para eleger seus “amiguinhos”. Conselho tutelar é coisa séria , não é eleição para vereador , que qualquer um pode ser candidato. A cada dia que leio “JEREMIAS 23 ” tenho mais certeza que o vereador que mencionou “JEREMIAS 23 ” em seu discurso da semana anterior , e falou sobre os falsos profetas :
    “Não deem ouvidos a esses profetas quando profetizam para vocês e os enchem de falsas esperanças. Eles inventam tudo que dizem.”

  2. Informe Blumenau está muito enganado sobre alguns Eleitos aqui, não houve ajuda de políticos, até pq não poderia, cada um buscou seu voto,subiram morro,foram casa em casa, dia de chuva e sol,para q a população participasse da votação. Jornal tendencioso, querendo lacrar em cima dos eleitos. Falar quem eles são, e o que fazem profissionalmente não tiveram a coragem de se informar.

  3. Piada! Ir contra o Edital e as comissões não fazerem nada! Então nem precisa edital se não é para seguir. Na próxima não precisa ter edital e está td liberado. Parabéns a umas pessoas ali q entraram por muito trabalho mas o primeiro, sem comentários, os pastores das igrejas faziam lavagem nos fiéis, as pessoas que trabalharam viram a quantia de Uber contratado levando essas pessoas a votar, nem em eleições essas pessoas votam, pq não não idade obrigatório. Cadê a fiscalização? A comissão?

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