Deputado Naatz vê “acordão” político para salvar governador do impeachment

Foto: Bruno Collaço/Agência Alesc

Proponente e relator da CPI dos Respiradores na Alesc no passado, e cujo relatório final serviu de base para o segundo processo de impeachment do governador Carlos Moisés, a ser votado nesta próxima sexta-feira, 26, o deputado Ivan Naatz, líder da bancada do PL, vê certo esvaziamento e uma espécie de “acordão” silencioso, uma “Operação Salva Moisés”, na base da troca dos votos por cargos para salvar o chefe do executivo estadual, segundo vem reiterando em reuniões políticas e via redes sociais.

Naatz Observa que o MDB hoje é a base forte do governador na Alesc , depois que passou a fazer parte do governo com o deputado Luiz Fernando Vampiro na secretaria de Estado da Educação, citando ainda que o relator inicial do processo, foi o deputado Valdir Cobalchini, também do MDB. Assinala ainda o voto que considera também comprometido com o governador, do líder do governo no parlamento, deputado José Milton Scheffer (PP), também integrante do tribunal misto composto por cinco deputados e cinco desembargadores.

Responsabilidade administrativa

“A esperança é que prevaleça o reconhecimento dos representantes da justiça de que o governador Moisés, pode não ter cometido crime, como o próprio resultado da CPI apurou, além dos inquéritos paralelos, mas teve culpa e responsabilidade administrativa sim na falta de controle e fiscalização dos recursos públicos na aquisição dos 200 respiradores, não entregues e pagos antecipados ao preço de R$ 33 milhões, até hoje não devolvidos, e cujos equipamentos estão fazendo falta atualmente para equipar UTIs nesta crise da pandemia”, assinala o parlamentar.

Naatz lembra ainda que a aquisição “fraudulenta” completa um ano sem punições agora no dia 27 de março, e que o relatório final da CPI responsabilizou 17 pessoas, incluindo o chefe do executivo estadual e praticamente os mesmos envolvidos que recentemente foram apontados pelo Tribunal de Contas do Estado (TCE) em relatório do processo de inspeção e tomada de contas especial sobre o caso. O deputado destaca o nome da superintendente de Gestão Administrativa da secretaria de Saúde do Estado, Márcia Regina Geremias Pauli, que na sua opinião deveria estar presa. Ele espera também que agora o Ministério Público e a Justiça façam sua parte com o oferecimento da denúncia e respectivo processo para apuração das responsabilidades, crimes e punição dos envolvidos.

Fonte: Alesc

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