Depois da tragédia, a PRF precisa fazer sua “mea culpa” e punir a omissão no acidente que matou duas jovens

Foto: Redes Sociais

Não foi a Polícia Rodoviária Federal responsável pelo acidente que provocou a morte de duas jovens e deixou outras três feridas, na manhã deste sábado, na BR 470 em Gaspar. Foi Evanio Prestini, motorista do Jaguar que bateu de frente no pálio onde estavam as mulheres.

Ele estava bêbado e assumiu o risco de dirigir.

Mas é fato que a negligência dos patrulheiros que estavam de plantão no posto da PRF de Blumenau foi decisiva para o acidente. Eles foram avisados por pelo menos uma pessoa, via telefone, que o condutor dirigia o automóvel de forma irresponsável e imprudente, mas  não se preocuparam em checar a denúncia.

A coordenação da PRF já se manifestou, admitindo que o fato poderia ter sido evitado, mas colocando vários atenuantes e blindando os agentes que estavam de serviço.

Nesta terça-feira, duas iniciativas cobram explicações da PRF.

A especialista de trânsito, Márcia Pontes, fez uma petição ao Ministério Público Federal para investigar a postura dos  agentes, mas antes mesmo o MPF já tinha tomado a decisão de abrir um procedimento de apuração, que será conduzido pelos procuradores da República Rodrigo Lima e Michael Gonçalves.

Quem também cobrou explicações foi a Câmara Municipal. Vários vereadores se pronunciaram e Alexandre Matias (PSDB) apresentou um requerimento, aprovado por todos, para que a Polícia Rodoviária Federal responda ao seguinte pedido de informações:

1- Quantos policiais estavam de serviço às 05h30 de sábado, 23/02, no posto de Blumenau? Havia pessoal suficiente para fazer uma abordagem com segurança?

2- A PRF possui um protocolo padrão de atendimento de denúncias pelo telefone 191?

3- O telefone da PRF no posto de Blumenau é capaz de identificar a origem das chamadas? Se houve dificuldade de comunicação por telefone, seria possível retornar a ligação ao denunciante?

4- A justificativa, em nota da PRF, de que o carro poderia ter entrado em Blumenau ao invés de passar diante do posto da PRF não é um desestímulo às denúncias?

5- A PRF deixa de fiscalizar denúncias quando suspeita de trote? Esta conduta tem o aval da corporação?

 

 

 

 

4 Comentário

  1. O brasileiro não é tão criativo???
    Então criem meios de saber – através de protocolos de segurança – quando é ou não TROTE…

  2. Foi negligência dos agentes , poderiam ter evitado sim .

  3. Nesse caso inclusive nem deveria esperar passar no posto policial, e sim ir de encontro ao canalha assassino, pois este acidente poderia ter acontecido antes até. Erro imperdoável.

  4. Quando a gente passa ali de madrugada estão sempre no computador e watzap.
    Passa de tudo na frente de deles e eles não estão nem aí.
    Eu mesmo já denunciei um condutor embriagado vim atrás parei no posto avisei e o motorista foi embora até itajai zigzaguea do e nenhuma viatura veio abordar.
    Mas pra colocar radarzinno es condido ali na frente pra passar a 40km por hora eles são bons.
    Falharam e vão ter que responder por isso.

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