
O anúncio da pré-candidatura do deputado federal Gilson Marques ao Senado, coloca o NOVO no tabuleiro eleitoral catarinense de 2026. Foi neste final de semana, durante encontro estadual da sigla, com a presença do presidenciável Romeu Zema, governador de Minas Gerais.
Numa disputa que se vislumbra entre um eleitor predominantemente de direita em Santa Catarina, o NOVO assistia à distância o embate entre PL e PSD para ser “o mais direita”. Seu principal nome, o prefeito de Joinville, Adriano Silva, garante que terminará seu segundo mandato, para o qual foi reeleito em 2024.
É uma eleição de quatro nomes na chapa majoritária. Além do governador, tem espaço para vice e dois candidatos ao Senado.
Aí entra a pré-candidatura de Gilson Marques. Coloca um nome importante, com muitos votos no Vale do Itajaí, e o NOVO, partido que ganha musculatura a cada eleição e tem tudo para ter um candidato a presidente em 2026.
O PL, de Jorginho Mello, e o PSD, de João Rodrigues, gostariam de contar com o apoio do NOVO no ano que vem. Com um nome forte para o Senado, a sigla se cacifa na negociação.
Conversei com duas pessoas do NOVO que me disseram ter sido um movimento natural, uma convergência da vontade de Gilson Marques, com a avaliação política. Mas a avaliação política não teria a ver com ocupação de espaços em chapa A ou B, e sim perceber uma oportunidade eleitoral, confiando no potencial de votos do hoje deputado federal.
Gilson Marques largaria como favorito para tentar seu terceiro mandato a deputado federal, mas sinaliza que vai para uma disputa incerta, onde uma das vagas já tem nome favorito, a deputada federal Caroline de Toni (PL) e outros nomes importantes, sem falar na possibilidade de Carlos Bolsonaro, vereador do Rio de Janeiro, ser imposto como candidato pelo estado.
É missão partidária. E, como já dizia uma frase atribuída a políticos, “partido que não veste camisa em eleição acaba esquecido pelo eleitor”.
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