Candidatos ao Governo de SC de olho numa possível definição no 1º turno da disputa presidencial

São duas eleições distintas, com cenários diferentes, mas a nacional está no horizonte dos candidatos ao Governo de SC, aqueles que buscam uma vaga no segundo turno.

Imaginando que um candidato “bolsonarista raiz” vá para o segundo turno no estado – as pesquisas indicam Jorginho Mello (PL) -, qual deve ser a posição das campanhas de Carlos Moisés (Republicanos) e Gean Loureiro (União) em relação a eleição nacional? Eles não deveriam torcer para a disputa presidencial encerrar já no domingo, com a eventual vitória de Lula (PT)?

O raciocínio é fácil. Num eventual segundo turno entre Jorginho x Moisés ou Jorginho x Gean, Jair Bolsonaro (PL) fora da disputa nacional enfraqueceria a campanha de Jorginho, do mesmo partido do presidente, afastando talvez o cabo eleitoral mais importante da disputa para qualquer candidato em Santa Catarina.

Moisés e Gean já declararam voto para Bolsonaro, mas estão longe de estarem alinhados de forma incondicional com as pautas do presidente. Trabalham suas campanhas de forma dissociada da nacional e, sem Bolsonaro no segundo turno, facilitaria a eventual disputa de um deles contra Jorginho.

Não contabilizo Esperidião Amin (PP), outro bolsonarista raiz, pois entendo que as chances dele ir ao segundo turno são mais restritas, mas nada é impossível nesta eleição aberta em Santa Catarina.

E tem o Décio Lima (PT), e este, é claro, é o principal beneficiado numa eventual vitória de Lula no primeiro turno. Seria o único candidato do time do presidente eleito.

Tudo é hipótese, ainda não dá para cravar se a eleição nacional encerra domingo e quem vai para o segundo turno em Santa Catarina. Mas trago o assunto para a baila pois sei que tem gente nas linhas de frente das campanhas ao Governo que já trabalha com estes cenários.

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