As lições de Blumenau nesta última semana para os prefeitos “candidatos” deixarem os mandatos

Foto: divulgação

Neste ainda tabuleiro pré-eleitoral catarinense, esta última semana de março é uma das mais importantes, pois dia 2 de abril é o prazo final para quem quer ser candidato estar filiado a um partido político e, no caso de prefeitos, renunciar ao mandato um ano e três meses depois de assumir.

Em Santa Catarina, pelo menos cinco sinalizam que podem deixar o mandato nos próximos dias para estarem numa chapa majoritária: Gean Loureiro (UB), Antídio Lunelli (MDB), João Rodrigues (PSD), Fabrício Oliveira (Podemos) e Clésio Salvaro (PSDB). A renúncia do prefeito de Chapecó e do de Criciúma está ligada, pois a dobradinha seria João Rodrigues e Clésio Salvaro. Já o prefeito de Balneário Camboriú já não dá mais mostras que manterá o nome para a disputa e, portanto, renunciaria ao mandato.

Em tese, do ponto de vista legal, a renúncia não dá garantia de candidatura, pois elas só são homologadas pelas convenções partidárias, que nesta eleição acontecem de 20 de julho a 5 de agosto.

Entre a renúncia e o prazo limite da oficialização da candidatura são cerca de quatro meses, muito tempo quando falamos de política, ainda mais levando em conta condicionantes nacionais, estaduais e até locais.

Aqui em Blumenau vivemos isso há quatro anos. O prefeito reeleito Napoleão Bernardes (então no PSDB) renunciou ao mandato para ser candidato ao Senado. No meio do caminho, seu nome passou a ser sondado para governador. Mas, como todo mundo sabe, acabou parando de vice na chapa de Mauro Mariani (MDB), que ficou de fora do 2º turno.

Até hoje Napoleão, cuja carreira política estava numa ascendente, tenta voltar para um mandato. Nesta eleição, pelo PSD, será candidato a deputado estadual.

De prefeito reeleito, com quase 60% dos votos válidos em 2016, em 2022 está longe de ser unanimidade em Blumenau, cidade que abraçou sua renúncia, através de boa parte de suas lideranças. O projeto de Napoleão fugiu de sua alçada em 2018 e ele tomou uma decisão que não era sua em cima da hora permitida pela Legislação Eleitoral, surpreendendo a todos ao ser candidato a vice.

Até hoje paga o preço da decisão, a mesma que deve pesar com aqueles que sinalizam renúncia para disputar a eleição. Fazem o primeiro movimento, mas não tem a garantia de entrar em campo. É uma decisão e tanto.

 

1 Comentário

  1. Todos que deixam o mandato pela metade deveriam ter o mesmo destino de Napoleão .

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