Após quatro meses de demissões, Brasil cria 131 mil vagas formais de emprego em julho

Foto: Marcello Casal Jr/Agência Brasil

O Brasil voltou a gerar empregos com carteira assinada em julho, quando o saldo líquido somou 131.010 vagas abertas, informou nesta sexta-feira, 21, o Ministério da Economia.

No mês passado, foram contratados 1.043.650 trabalhadores formais, e demitidos 912.640.

A programação inicial do governo era de que o resultado seria publicado somente na quinta-feira da semana que vem, 27, mas a divulgação foi antecipada pela área econômica.

A evolução positiva do emprego formal se dá após quatro meses de queda, segundo números do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged).

De acordo com dados oficiais, esse também foi o melhor resultado, para este mês, desde 2012, quando foram contratados 142.496 trabalhadores com carteira assinada. Ou seja, foi o melhor julho em oito anos.

No acumulado dos sete primeiros meses deste ano, ainda segundo informações do Ministério da Economia, as demissões superaram as contratações em 1,092 milhão de empregos formais.

As demissões refletem o impacto da pandemia do novo coronavírus no mercado de trabalho brasileiro, que está empurrando a economia mundial para uma forte recessão. No Brasil, estimativa mais recente dos economistas dos bancos é de uma queda de 5,5% para o Produto Interno Bruto (PIB) neste ano.

Ao comentar o resultado, o secretário especial de Previdência e Trabalho, Bruno Bianco, afirmou que o resultado positivo mostra o acerto das políticas do governo. Principalmente, segundo ele, o programa que bancou parte das folhas de pagamento de empresas com a contrapartida de manutenção dos empregos.

A prorrogação, por mais dois meses, do Programa Emergencial de Manutenção do Emprego e da Renda foi anunciada nesta sexta pelo ministro da Economia, Paulo Guedes. Com essa nova prorrogação, o tempo permitido para suspensão ou redução da jornada é de até 6 meses no total.

Bianco destacou ainda que, no mês de julho, o único setor que não teve saldo positivo de geração de emprego foi o de serviços. O setor foi um dos mais afetados pela crise provocada pela pandemia da Covid-19.

Fonte: G1

 

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