Apertem os cintos, o piloto sumiu

O título acima é de uma comédia de muito sucesso na década de 1980, mas vou usá-lo em outro contexto e que não tem nada de graça.

É para me referir a completa ausência do governador Carlos Moisés (PSL), no período mais crítico do combate ao Coronavírus, com os leitos de UTI chegando ao limite em boa parte das regiões catarinense e as mortes crescendo a cada boletim, com sua administração marcada por denúncias de corrupção.

Para piorar, Carlos Moisés ainda testou positivo para o vírus, o que obrigou a ficar isolado, o que pareceu indiferente para muitos, afinal ele já tinha se auto-isolado quando, no começo da pandemia, encastelou-se no Palácio da Agronômica. Com o vírus, acompanhou de forma remota a vinda do presidente Bolsonaro à Santa Catarina, depois do ciclone bomba, ciceroneado pela vice Daniela Reinehr (PSL), rompida com o governador, e outras lideranças políticas adversárias de Moisés.

Viu suas boas medidas iniciais de isolamento serem esquecidas diante da omissão de agora. Ele que gosta tanto de “lives” não fez manifestação alguma chamando a responsabilidade dos catarinenses e liderando o Estado neste momento tão difícil. Repassou autonomia para os prefeitos de forma tardia e agora não chama para si a responsabilidade de ações mais enérgicas.

Nesta hora precisávamos de um líder, um piloto, um timoneiro, que gerasse unidade e confiança. Ou pelo menos tentasse.

Mas não. Carlos Moisés parece que sucumbiu. Sucumbiu a sua inexperiência para o cargo que assumiu, as suas convicções erradas sobre política, a sua incapacidade de dialogar, o descontrole administrativo e o próprio silêncio em meio as denúncias de irregularidades nas compras dos respiradores da Veigamed, entre outras.

Sem lastro político, é massacrado na CPI da Assembleia Legislativa, tem dois pedidos de impeachment contra ele e está prestes a ser julgado pelo STJ. E parece prostrado, sem ação.

É o preço que os catarinenses resolveram pagar pelo novo, pela “nova” política, por uma onda. É para ficar a lição.

 

3 Comentário

  1. Foi uma eleição em que os catarinenses escolheram o governo que não queriam. Moisés não ganhou, os outros que perderam. Infelizmente, o Moisés não eh o Romeu Zema.

  2. Chega ser comico, se não fosse trágico.
    E dificil de entender a imprensa de modo geral.
    Tanto no estado quanto na união, Moisés quanto Bolssonaro demonstram estarem completamente despreparados para suas funções. Um se expôs ao extremo e outro se enclausurou, os dois estão acometidos com o Covid 19.
    Não os culpo, pois foram eleitos democraticamente, me culpo pois contra vontade por pura falta de opção no segundo turno fui eleitor do ” Presidente”.
    Não existem salvadores da Pátria.
    Como diria saudoso Governador Vilson Governador; é um minuto para votar e quatro longos anos para se arrepender.
    Novembro é logo ali, e la vai o povo ” Experto “, é isso mesmo esperto se ferrear novamente, pois bate bo peito e diz! Não gosto de política.
    Com certeza o maior analfabeto que existe é o analfabeto politico.
    Renato Russo! Que Pais é Esse.

  3. Quem votou no minto e seus asseclas é analfabeto político, interesseiro, mal intencionado

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