Ao confirmar a saída do PSL, fica a duvida. Para onde vai Carlos Moisés?

Fonte: Secom SC

Várias pessoas surfaram na onda do 17 na eleição de 2018, e talvez um dos retratos mais acabados daquele momento no Brasil foi Carlos Moisés, que em menos de um ano, virou de ilustre desconhecido governador de Santa Catarina.

Ele, como muitos, vestiam a camisa do PSL, que era também do cabo eleitoral Jair Bolsonaro, eleito presidente da República. Mas a postura de Moisés nunca agradou aqueles do grupo mais radical e parecido com o presidente, tanto que logo de cara parte da bancada mais ideológica sigla na Assembleia Legislativa já mirou no governador como adversário.

Neste sábado ele anunciou o inevitável, a desfiliação do PSL, com o argumento tradicional da política tradicional. “Dedicar-se exclusivamente para SC e para o enfrentamento da pandemia”, disse em encontro no sábado.

Não anunciou para onde vai, por não ter destino que o receba de braços abertos, pelo menos neste momento, faltando um ano para as definições do tabuleiro eleitoral. Apesar da sinalização que pode ser um Governo realizador nesta segunda metade de mandato, Moisés não conseguirá apagar a pecha de ser o governador que sofreu dois afastamentos para defender-se de processos de impeachment, além de ser o gesto que permitiu o roubo de R$ 33 milhões no caso dos respiradores.

E isso pesa.

Nesta nova fase dele, agora conversando com os partidos e os deputados – coisa que não fez nos primeiros dois anos de Governo – , o nome de Moisés é ventilado em siglas tradicionais, como MDB e PP, que são sua base na Assembleia Legislativa. Duvido que prospere pelas aspirações de caciques destas siglas e do pragmatismo delas, evitando aproximar-se de uma liderança chamuscada pelos fatos recentes.

Carlos Moisés é carta fora do baralho para 2022? Não necessariamente, mas terá que fazer muito diferente do que fez até agora para convencer o eleitor catarinense que merece mais um voto de confiança, o que na conjuntura atual não parece ser viável.

O raio de 2018 não deve cair novamente em 2022, pelo menos no que diz respeito a eleição para Governador, lembrando o distanciamento de Moisés com Bolsonaro.

 

 

 

1 Comentário

  1. Todos os partidos vão aceitá-lo , cargos comissionados , negociatas , todos querem ….esta é a política no Brasil .

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