O secretário de estado da Proteção e Defesa Civil, Mário Hildebrandt (PL), esteve nesta terça-feira em José Boiteux, onde se reuniu com a comunidade indígena e acompanhou, in loco, as melhorias prometidas há décadas para os moradores do entorno da barragem Norte. Os prefeitos Geovani Lunelli (Neno), de José Boiteux, e o prefeito Marcelo Darolt, de Vitor Meireles, estiveram presentes.
Foto: Defesa Civil SC
Durante a reunião, o secretário Mário Hildebrandt apresentou o andamento das obras de moradias. Das 46 casas previstas, seis unidades em José Boiteux já estão adiantadas, inclusive com os telhados instalados. As obras das igrejas e casas pastorais em José Boiteux e Vitor Meireles também registram bom progresso. Nas próximas semanas, está programado o início da construção das demais moradias previstas para o município.
Em Vitor Meireles, a prefeitura já autorizou o início dos trabalhos, e a empresa responsável começou a mobilização dos materiais para erguer as 10 casas previstas. Em Itaiópolis, a empresa executora também já está definida para iniciar a construção das 3 unidades destinadas às famílias da região.
“Estamos avançando em cada etapa com transparência, diálogo e respeito às lideranças indígenas. Hoje, mostramos que obras que ficaram paradas por mais de 20 anos começaram, de fato, a sair do papel. Estamos honrando compromissos antigos, garantindo moradias dignas, uma nova escola, um ginásio e mais infraestrutura para fortalecer a vida das famílias que foram impactadas pela Barragem Norte”, destacou o secretário Mário Hildebrandt.
Outro ponto central do encontro foi a apresentação do projeto da nova escola indígena, uma demanda histórica e parte da decisão judicial de 2003. O projeto foi aprovado pelos representantes das comunidades e seguirá um modelo padrão definido pelos próprios indígenas. Também foi confirmada a construção de um ginásio de uso compartilhado, tanto para os estudantes quanto para toda a comunidade.
Em comum acordo, ficou definida ainda a troca da área onde seria construído o campo de futebol, abrindo mais espaço para a implantação da escola. Além das moradias já em execução, foram anunciadas mais 20 casas para famílias atingidas pela enchente causada pela barragem e 10 casas destinadas à etnia Guarani, também previstas no acordo de 2003, além de 10 casas para realocação dos moradores nas áreas da Barragem. As licitações das demais obras serão conduzidas pelas prefeituras parceiras — José Boiteux, Itaiópolis e Vitor Meireles.
As obras fazem parte de uma demanda histórica da comunidade indígena de mais de 20 anos, respaldada pelo Poder Judiciário, que agora está sendo atendida pelo Governo do Estado, como medida compensatória pela construção da barragem em 1992, que acabou impactando nas moradias locais. Com a ação do Estado, a comunidade aceitou que fossem feitas manutenções e melhorias na estrutura, que tem um papel decisivo na contenção de cheia para Blumenau e outras cidades da região.





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