A atividade política é feita de convicções e lados. E muitas vezes de conveniência e oportunidades.
A reunião desta terça-feira da CPI do Esgoto e a repercussão dela na sessão ordinária da tarde trouxeram alguns protagonistas, aqui sem juízo de valor sobre o papel deles. Cada um ocupou o espaço que entendeu que devia.
Um pouco antes de começar a reunião, já circulava a informação de que o líder do Governo, Flávio Linhares (PL), pediria o fim da CPI por conta da revogação do 5º aditivo feita na sexta-feira. Tentou botar em votação, mas não conseguiu. Estava claro que, neste primeiro momento, buscava evitar o depoimento do presidente do Samae, Alexandre de Vargas, que assinou o aditivo em março deste ano.
Ao longo da reunião da CPI e na sessão da tarde, Linhares repetiu seus argumentos, afirmando que a revogação do aditivo, neste momento judicializado, extinguiria o “objeto da CPI”. E defendeu a sua substituição por uma comissão permanente. Linhares é, além de vereador, advogado, e buscou usar recursos jurídicos para justificar sua posição, mesmo sabendo que esta revogação pode cair nos próximos dias, pois a BRK entrou com um mandado de segurança.
Flávio Linhares contou com a ajuda do também advogado Bruno Cunha (Cidadania) na defesa de sua tese. Bruno usou o mesmo argumento, da necessidade de ouvir a Procuradoria da Câmara por conta da suposta perda de objeto.
Diego Nasato (Novo) foi o grande protagonista do dia, pela postura firme na condução da CPI, quando Linhares, respaldado por Bruno, tentou evitar que os trabalhos andassem.
“Vou usar a prerrogativa do presidente para determinar as coisas, o pedido do senhor está recepcionado, vai ser direcionado à Procuradoria e assim que tiver o parecer a gente submete à votação na próxima semana. Agora a gente segue com a pauta.”
Isso foi no começo da CPI e ao longo de toda ela. E toda vez que foi necessário, Nasato não titubeou. Na verdade, nesta comissão, ele se tornou o único vereador de “oposição”. Além dele, Linhares e Bruno Cunha, Marcelo Lanzarin (PP) e Egídio Beckhauser (Republicanos), relator desta CPI.
Beckhauser é outra figura importante, que trabalha de forma discreta, mas intensa, nos bastidores. Fala pouco e conversa muito, tem uma capacidade de articulação política grande. É governo, mas é Egídio. Beckhauser, não Ferrari.
Com dois vereadores que olham a planície, sem se comprometerem neste momento, dois alinhados com o governo e um com postura mais crítica, no caso Nasato, contou com a ajuda de três vereadores na reunião.
Professor Gilson (União) é personagem constante da CPI, participando de quase todas as reuniões, com direito a fazer perguntas, sempre com questionamentos importantes.
Mas, pela primeira vez ao lado de Gilson, estavam Bruno Win (Novo) e Jean Volpato (PT), também com questionamentos contundentes. Volpato lembrou a defesa que o Samae fez na ação judicial impetrada por ele, questionando o 5º aditivo, diferente da de agora.
O vereador Adriano Pereira é outro que tem papel importante e com denúncias ao MP em defesa dos consumidores.
E, tem ainda Almir Vieira (PP), que não compareceu em nenhuma reunião da CPI, mas sempre deu seus pitacos nas sessões, o que novamente aconteceu nesta terça-feira.
“Estou desaprendendo. Não me venha com história desta, a CPI tem caráter investigatório, com poderes especiais”, disse Vieira, cobrando os colegas que sugeriram o fim prematuro da CPI.





Flavio Linhares pede para sair ….
Quer acabar com a CPI porque , qual o medo ?
Vossa senhoria foi eleito para legislar pelo povo, com o povo e para o povo . O Prefeito assina um aditivo que prejudica a cidade e o bolso do povo , com a CPI revoga o que assinou e v. sa quer acabar com a CPI ?
Pede para sair e convida o prefeito , pois assinar um aditivo como ele assinou , o presidente do SAMAE assinou, com conivência da AGIR é algo que no mínimo merece investigação .