Verão 40 graus: pets precisam de cuidados redobrados

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As altas temperaturas fazem parte da rotina do Vale do Itajaí durante o verão e é preciso redobrar atenção nos cuidados com os pets e evitar alguns hábitos que parecem inofensivos mas são prejudiciais. O médico veterinário Carlos Sansão alerta sobre o cotidiano de cães e gatos no calor intenso, com dicas importantes para este período.

Hidratação é um dos principais pontos. Água limpa e fresca deve estar sempre disponível e longe do sol. Neste período disponibilize bebedouros em mais pontos pela casa e considere trocar a água ao longo do dia por uma mais refrescada – não muito gelada – ou colocar cubos de gelo no recipiente, mas perceba se o animal não irá estranhar a presença do gelo e deixar de tomar água. Para os gatos, fontes de água corrente são bastante atrativas e estimulantes para o aumento do consumo. A hidratação também pode ser divertida, com uso de blocos de gelo para brincadeiras e frutas frescas ou congeladas para alimentação, a exemplo de melancia, melão, morangos, mirtilos e bananas.

A rotina em casa deve ser à sombra. Se o pet convive com os tutores dentro de casa e está habituado ao ambiente climatizado é importante manter o local fresco quando ele ficar sozinho. Se não for possível deixar o ar condicionado ou ventilador ligado, opte por deixar alguma abertura para corrente de ar no espaço e jamais deixe o animal fechado em ambiente que tenha muitos vidros expostos ao sol. Se o espaço do pet é limitado a jardins e quintais, perceba se há área com sombra para o abrigo, principalmente nas horas em que o sol está mais alto. Fica ainda o alerta: neste período as casinhas de quintal, tanto de madeira, plástico ou alvenaria aquecem muito, principalmente se forem baixas e estiverem próximas a calçadas e espaços cobertos por pedras.

Falando em sol alto, os passeios devem ser programados para início da manhã ou final de tarde e início da noite. Evite levar o animal para a rua entre 9 e 16 horas. Em dias que as temperaturas ficam entre 25ºC e 30ºC, o calçamento e o asfalto sob o sol podem aquecer entre 52ºC e 62ºC. Patinhas podem sofrer queimaduras em apenas 10 segundos no contato com solo a 52ºC. Caso seja necessário caminhar com o animal no meio do dia, opte somente por gramados, ambientes cobertos e espaços com sombra. Para se certificar de que a caminhada não será prejudicial, encoste o dorso das suas mãos no chão e mantenha por 10 segundos e caso não suporte manter as mãos no local, poderá ser prejudicial também para as patinhas do seu pet.

O verão pede por atividades ao ar livre, mas se o seu pet não está acostumado a fazer exercícios durante o ano, cuidado com o excesso principalmente no calor. Corridas e caminhadas devem ser leves, por poucos minutos e acompanhados de hidratação. Brincadeiras na água, seja na piscina, rio ou mar precisam ter o tempo controlado, pois exigem bastante esforço físico. O controle de atividades físicas deve ser redobrado para cães e gatos braquicefálicos – aquelas raças com focinhos muito curtos e achatados – e animais com sobrepeso, obesos e idosos. Habitualmente estes pets já têm a respiração comprometida pela condição física e esforço adicional pode ser muito prejudicial.

Tosar ou não tosar no verão? Eis a questão!

A pelagem do cão ou do gato é sim muito importante para a regulagem térmica corporal, mas a escolha entre tosar ou não a pelagem durante o verão é bastante discutida e a decisão precisa considerar outros fatores. Se o animal é naturalmente de pelagem volumosa com bastante comprimento e a tosa é mantida desta forma ao longo do ano, a recomendação é que a tosa seja para redução mais branda e não total, pois uma vez que o animal está habituado com sua pelagem volumosa, a tosa por completo pode interferir na auto regulação térmica, além de deixar a pele muito exposta. Agora, se o animal é naturalmente de pelagem volumosa mas a tosa é sempre mantida bem curta ou totalmente raspada ao longo do ano, o correto é manter da mesma forma no verão.

Outro ponto importante de manter a pelagem longa ou curta está relacionada às queimaduras de pele devido à exposição solar. Se ao longo do dia, o pet tem acesso a ambientes com incidência de raios solares, fique atento às possíveis queimaduras de pele, principalmente nos animais com as peles brancas, rosadas e com tecidos muito finos. Se você tem dúvidas em relação à pele, identifique na região da barriga do animal. Gatos de pelos brancos ou de tons bem claros não devem ser expostos ao sol, pois a predisposição para doenças relacionadas à pele é muito alta.

Hora de viajar: se o pet vai junto ou ficará em casa, tem cuidados para seguir

Vacinas em dia e protocolo de vermifugação devem sempre estar em dia para a proteção do animal e são recomendações importantes se cão ou gato seguir junto dos tutores na viagem de férias, principalmente se o destino é para outro Estado. Lembre também do atestado de saúde, que é exigido em alguns destinos, condomínios e estabelecimentos de hospedagem e de recreações. Para uma viagem tranquila mantenha o pet em caixa de transporte ou preso ao cinto de segurança de fechamento peitoral. Leve água e petiscos, faça paradas para o xixi e cocô, ficando sempre atento à temperatura interna do veículo e incidência do sol.

Se no período de férias da família o pet não ir junto, todos os cuidados já apresentados devem ser feitos por uma pessoa de confiança em casa ou em hotel dedicado para eles. Lembre-se que é muito importante deixar o contato de um médico ou clínica veterinária de sua preferência com quem ficar responsável pelo seu pet. Nos casos de urgência e emergência este responsável poderá agilizar rapidamente o atendimento clínico veterinário pelo profissional de sua confiança.

É sempre importante entender a ambiência e a rotina do animal, para perceber quais hábitos são benéficos e quais precisam mudar para a manter a saúde e o bem estar do animal. Consulte em um médico veterinário, entenda mais sobre a medicina integrativa para a maior qualidade de vida.

1 Comentário

  1. Esse Vale do Itajaí não seria o tal de Vale Europeu? Ou será Médio Vale, VALE. Mas afinal de que VALE se está falando ou de que vale pertencemos? Numa questão de vestibular, Enem ou concurso público qual Vale está valendo?

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