Uma agenda apequenada

Foto: Divulgação/SED

O jantar em homenagem ao ministro Milton Ribeiro nesta quinta-feira em Blumenau foi marcado por um apequenamento da política e do espírito Republicano. Na agenda coordenada pelo deputado Ismael dos Santos (PSD) e pelo secretário de Estado de Articulação Nacional, Lucas Esmeraldino, o prefeito não foi convidado e nem a secretária de Educação do Município, Patrícia Lueders, que é conselheira estadual e presidente da Undime – União Nacional de Dirigentes Municipais de Educação – na região Sul do país.

O encontro, que começou como sendo por afinidade religiosa – o ministro é evangélico, como Ismael – virou um encontro político, com a presença do  governador Carlos Moisés (PSL) e vários secretários de Estado. O prefeito de Gaspar Kleber Wan-Dall (MDB) e o secretário de Educação de Gaspar, Emerson Antunes (PSD), também ligado ao deputado.

No release do Governo do Estado, está escrito que o jantar serviu para pedir implementação de novas escolas cívico-militares em Santa Catarina, nos municípios de Lages, Jaraguá do Sul e Camboriú.

Mas o real motivo para a vinda do Ministro a Blumenau foi a inauguração de um centro de Educação Infantil no bairro Passo Manso, fato que ocorreu na manhã desta sexta-feira. No discurso, Milton Ribeiro fez questão de destacar que estava atendendo um convite do prefeito Mário e teria pedido desculpas pelo jantar de ontem e que não teve responsabilidade pela organização do jantar.

Mário Hildebrandt disse que a inauguração transcorreu normalmente e que o ministro foi muito solícito as demandas de Blumenau, reconhecendo que o empenho do Município na construção das seis unidades de educação infantil, cuja maior parte dos recursos deveria vir da União. Pediu apoio para  construção de duas novas escolas na cidade e recebeu a sinalização positiva de pelo menos uma.

O prefeito também apresentou o modelo de escolas bilíngues em implantação na rede municipal e pediu apoio do Ministério.

No seu discurso no evento, o governador elogiou a estrutura e o trabalho conjunto que possibilitou concluir a obra. “Esse é o sentido de servir e, por isso, o Governo do Estado quer fortalecer a parceria com os municípios, com o Governo Federal, para que possamos fazer as entregas que os catarinenses precisam.”

Ou seja, uma carona numa ação que não é sua.

Com todo respeito aos envolvidos, ficou feio para eles.

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