Disputa “nada santa” na Câmara de Vereadores de Blumenau

O vereador Jovino Cardoso Neto (PSD) tem feito de denúncias e proposto ações para tentar desestabilizar o presidente Marcos Da Rosa (DEM). Os dois são do mesmo segmento religioso e já foram parceiros. Quando se elegeu pela primeira vez, em 2012, também como mais votado, Marcos da Rosa tinha como padrinho político Jovino Cardoso.

Neste embate, as posturas são diferentes. Jovino tem buscado espaço na mídia e chutado o balde sempre que pode. Já Marcos tem uma postura mais comedida e evita entrar nas polêmicas provocadas pelo colega.

Na semana passada, Jovino surpreendeu a todos com a polêmica e controvertida proposta de redução do salários dos parlamentares. Na sessão desta terça-feira, 11, usou a tribuna para criticar a criação de dois cargos pela Mesa Diretora. Um de coordenador da Escola do Legislativo e outro de coordenação de manutenção.

O ex-vice-prefeito centrou a acusação no cargo de coordenador de manutenção. Segundo ele, há uma sobreposição de tarefas, visto que hoje o Legislativo conta com três empresas diferentes para os trabalhos de manutenção e estas empresas já teriam pessoas para, teoricamente, executarem esta função. O salário é de mais de R$ 7 mil.

“Os novos cargos vão somar mais de meio milhão de reais em quatro anos”, disse Jovino, que elencou as tarefas previstas para o cargo de coordenador de manutenção, que já estariam sendo feitas por outros.

Também na tribuna, o presidente Marcos da Rosa destacou as ações que tem buscado fazer em defesa da transparência e da austeridade.

Marcos da Rosa defendeu a criação do cargo, em conversa com o Informe: “não tenha dúvida que esta cargo irá se pagar, pela economia que proporcionará”, afirmou, explicando que o objetivo é justamente fiscalizar o trabalho dessas três empresas. Citou como exemplo a troca de lâmpadas, que agora terá um acompanhamento de alguém da Casa e não de uma empresa terceirizada.

O presidente também explicou que os dois cargos criados foram em substituição a outros dois extintos, de assessores jurídicos, atendendo uma orientação do Ministério Público. Não diz respeito ao TAC determinado pelo MP para equilibrar o número de funcionários de carreira com os comissionados e sim a um outro entendimento, sobre a função desses assessores jurídicos.

Marcos da Rosa também destacou a redução no número de cargos comissionados, comparando a situação atual com a de 2012, quando Jovino presidiu o parlamento. São hoje 71 CCs contra 118.

Jovino Cardoso Neto promete levar a denúncia ao Ministério Público.

Escrevo mais uma vez. Qualquer debate sobre questões financeiras no Poder Público são importantes e a criação destes dois cargos merece uma reflexão. Foi uma iniciativa da Mesa Diretora, mas houve a aprovação no plenário e a população precisa saber isso.

Agora, questiona-se muito a atuação de Jovino nos bastidores da Câmara, o que gera dúvidas sobre a real motivação dele.  E o histórico dele também não ajuda.

 

5 Comentário

  1. Sete mil reais pra coordenar a manutenção de um prédio que foi reformado em 2012, para abrigar a câmara? Precisa ter um fiscal pra constatar a troca de uma lâmpada? Vai se pagar, como pois cada contrato tem seu gestor e fiscal de contrato Lei 8666/93, eles é que tem que fiscalizar se o serviço foi ou não. Não estou nem preocupado com as motivações do Jovino, pois ele sabe que não está com essa bola toda, temos que aproveitar antes que eles voltem a ficar amiguinhos, pois dai não saberemos de mais nada. coordenador de escola do legislativo? E o diretor da mesma escola? Isso só serve pra tirar fotocópias. NÓS NÃO PODEMOS ACEITAR ESSES DOIS CARGOS!

  2. Só sei que a conta é MINHA, é SUA é NOSSA… e bem cara…..É uma vergonha um parlamento gastando o meu dinheiro e não conseguir me CONVENCER desta real necessidade,,, Minha ignorante explicação: quem sabe contentar alguém que colaborou em sua votação/eleição.. Caberia investigação do MP…ou não???
    Esta é a nossa câmara
    LASTIMÁVEL E LAMENTÁVEL

  3. A atual Câmara de veradores tem na sua composição pessoas que jamais deveriam estar ali . Temos a maioria como subservientes do prefeito , pelo menos até dia 11/04, pois agora com a delação da Odebrecht vai ter muito rato pulando do Navio . A quantidade de pessoas que trabalham no parlamento é absurda , tem fiscal do fiscal , para fiscalizar o que o fiscal fez .
    Que tomem vergonha , que passem a atuar como vereadores , deixem de brincar de politico e comecem a trabalhar decentemente . Não são todos , só uns 12 ou 13 .

  4. Como diz o leitor Alcino, na política não existem amigos, existem conspiradores que se unem , por pouco tempo .

  5. Um fiscal para ver se a Lampada foi trocada, isto é muito fácil saber é só olhar para cima e verificar se o serviço foi executado, na camara de vereadores eles devem fiscalizar e não olhar só para o chão igual a porco. Coordenador de escola? Que escola é esta? O que se aprende? Onde funciona? quem pode participar desta escola? Cuidado estão falando em economizar com celulares e veículos para gastar com afiliados políticos.

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