TSE aprova registro do 33º partido, o Unidade Popular

Arte: divulgação

O plenário do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) aprovou na noite desta terça-feira, 10, o registro do 33º partido político do país, o Unidade Popular (UP).

Antes do UP, o último partido a obter registro tinha sido o Partido da Mulher Brasileira (PMB), em setembro de 2015. O país já teve 35 partidos em atividade, mas alguns foram incorporados, como o PRP, que se converteu no Patriota.

A nova legenda apresentou 497,2 mil assinaturas de apoio, divididas em 15 estados, e, segundo o TSE, preencheu os requisitos previstos em lei. O número do novo partido é o 80. Pelo entendimento do tribunal, o UP já poderá participar das eleições municipais de 2020.

Os ministros decidiram que o partido terá que alterar um artigo do estatuto de criação, que permite aos diretórios municipais ou estaduais ter dirigentes provisórios por tempo indeterminado. A lei prevê limite de oito anos para os diretórios realizarem eleição interna.

Unidade Popular é o nome da frente de partidos do Chile que deu sustentação ao governo socialista de Salvador Allende, derrubado em 1973 por um golpe militar.

Em manifesto publicado em uma rede social, o partido se define como socialista e defende a justiça social.

“Para realizar profundas transformações sociais no Brasil e interromper a ofensiva reacionária é necessária a união de todos os setores da esquerda revolucionária, dos socialistas, dos comunistas, e de todos que lutam contra o imperialismo e a exploração capitalista”, diz o texto.

O presidente da comissão nacional provisória do Unidade Popular é Leonardo Péricles, morador de ocupação urbana em Belo Horizonte e líder de movimento social. Segundo ele, nas eleições de 2020, o partido terá candidatos, preferencialmente os oriundos das periferias.

“Quem domina o Brasil é menos de 1% da população. No entanto, impõe seus interesses. Nós achamos que temos que reverter essa situação. Esse 1% sempre teve privilégios. Está na hora de a maioria ter privilégios no Brasil, ela nunca teve, está na hora de ter. Esse povo preto, pobre, que está sofrendo nas periferia, as mulheres, os camponeses, os povos tradicionais, os indígenas, está na hora de esses serem poder”, afirmou.

Fonte: G1

1 Comentário

Faça um comentário

Seu e-mail não será divulgado.


*