PSOL anuncia chapa própria em Blumenau, mas tem uma situação que pode atrapalhar a candidatura de Georgia Faust

Foto: Câmara de Blumenau

Na véspera de sua convenção partidária e na véspera da convenção do PT, com que conversava para fazer uma composição, o PSOL anuncia candidatura própria em Blumenau, com Geórgia Faust a prefeita e Joel Rodrigo a vice prefeito.

O PSOL já havia sinalizado chapa própria, decisão tomada em plenária eleitoral extraordinária no último domingo, 5, mas ainda sonhava em ocupar a vaga de vice na chapa de Ana Paula Lima (PT). Mas neste sábado fechou questão.

“O PSOL Blumenau considera esgotada qualquer possibilidade de construção de uma frente de esquerda em Blumenau”, disse a nota partidária onde diz que quer fazer a ” construção de uma proposta para uma cidade inclusiva, com participação popular defendendo a mobilidade ativa, a cultura como meio de expressão popular, a agricultura urbana, o direito a vida digna para os povos originários. Combateremos o machismo, o capacitismo, o racismo e a LGBTfobia. Portanto, não é plausível, infelizmente, uma possibilidade de aliança que não se manifestou materialmente nas últimas semanas.”

Além da majoritária, a sigla deve ter quatro candidaturas à Câmara Municipal. A advogada Rosane Magaly Martins, a jornalista Manoella Back, Ramon Lima e o ciclo ativista Giovanni Seibel.

Para confirmar a candidatura, o PSOL tem uma situação jurídica para resolver. Georgia Faust foi (re)nomeada para o Conselho Municipal de Acompanhamento e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização da Educação, conhecido como Conselho do Fundeb e, em tese, quem quer ser candidato não pode fazer parte de conselhos municipais depois 14 de agosto,  três meses antes da eleição, mesma situação prevista para servidores efetivos e comissionados que não ocupam cargo de ordenadores de despesas se desincompatibilizarem. A Lei Eleitoral diz que membros de conselho municipais precisam sair para concorrer a cargos eletivos.

Lembrando que a participação em conselhos é voluntária e não remunerada.

O presidente do PSOL em Blumenau, Éder Lima, diz que Georgia foi nomeada a revelia, que ela não fazia parte do Conselho. Georgia que era conselheira no biênio passado, quando assumiu a cadeira de representante titular dos pais de aluno e teria sido nomeada compulsoriamente.

Georgia Faust diz que fez a solicitação de afastamento junto ao Conselho no dia 13 de agosto, antes da nomeação para o novo “mandato”. Tive acesso ao áudio de uma pessoa que seria responsável pelo Conselho, onde está claro que a Georgia comunica que será candidata, mas também está claro que recebe a orientação para  mandar uma declaração para o  email do conselho, pedindo o seu afastamento para concorrer, comunicando que o seu suplente assumirá no lugar, assinada. Não consegui a informação se isso foi feito.

O fato é que ela está nomeada pelo Diário Oficial de Blumenau do dia 25 de agosto. Será preciso investir numa assessoria jurídica para resolver este imbróglio.

 

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