A possibilidade está sendo levantada por representantes do Sintraseb e pelo vereador professor Gilson (Patriota). Eles manifestam preocupação com os impactos da chamada de ACTs pelo Governo do Estado, que aconteceu nesta quarta-feira, nos profissionais temporários que já definiram escolas para atuar na rede municipal de ensino, cujas as aulas começam no dia 7.
O principal motivo desta manifestação é o salário. Como todos sabem, o Governo subiu o piso mínimo do magistério para R$ 5 mil no ano passado, remuneração mais atrativa que os R$ 3, 2 mil oferecidos pela Prefeitura, ambos para carga horária de 40 horas.
Mas a Prefeitura de Blumenau, através dos secretários de Educação e Administração, Patrícia Lueders e Anderson Rosa, não aposta em desistências excessivas, mas reconhecem que elas podem acontecer. Segundo os dois, o trabalho está sendo feito para que o quadro esteja praticamente completo na semana que vem para o início do ano letivo.
Patricia lembra que, além do salário, há um vale alimentação de pouco mais de R$ 400 e os professores da rede municipal cumprem hora atividade, ao contrário do Estado. Segundo ela, das 40 horas semanais previstas, 14 são para planejamento. Ela destaca que foram chamados pelo menos 500 professores para substituírem os titulares nestas ausências e que, se houver uma evasão grande, este pessoal será remanejado para que ninguém fique sem professor.
Já Anderson Rosa, cuja secretaria é responsável pelas contratações, diz que praticamente todos os dias a Prefeitura está chamando ACTs e assim será feito até preencher o quadro.
Em 2021, cerca de 1400 ACTs foram chamados e em 2022 são mais de 2000 contratações.
Cinco mil reais é muito pouco, quanto mais três mil e duzentos!
A nossa sociedade é muito desigual.
Qual a justificativa acerca dos salários dos vereadores? Metade do que ganham já seria demasiado. Com uma agravante: professor trabalha muitíssimo. Já, os vereadores, o que fazem, mesmo?