Palavra de político

Vira e mexe alguma liderança política reclama das críticas do Informe e aponto que muitas são feitas a partir de posicionamentos e promessas dos próprio políticos. Por isso, gosto, quando posso, registrar em vídeo e áudio as falas deles em eventos, solenidades ou comícios, pois muitas vezes a contradição fica escancarada.

Vamos ao recente período pré-eleitoral, numa definição de última hora das mais surpreendentes, digamos assim, até pela palavra “firmada” por muitos envolvidos.

Esperidião Amin (PP) se rebelou, colocou o bloco na rua, lançou-se candidato, deu entrevistas como tal, mas vai para o desenho originalmente previsto para ele. Será um dos dois candidatos ao Senado – ao lado de Raimundo Colombo – na chapa do PSD.

Há menos de um mês, João Paulo Kleinübing (DEM) anunciou que não aceitava ser vice de Gelson Merisio. Ancorou seu projeto no de Amin, como candidato a vice na chapa do PP. Seu partido realizou convenção neste sábado e quatro cenários foram falados: aliança com PP, candidatura própria, aliança com o MDB, aliança com o PSDB.

Menos ser vice de Gelson Merisio, parceria anunciada faltando cerca de uma hora para o fim do prazo.

E o PSDB, hein? Quantas vezes não ouvimos o até então candidato ao Governo, Paulo Bauer, o então candidato ao Senado, Napoleão Bernardes e as principais lideranças tucanas baterem no peito e falarem que era hora do PSDB ser protagonista. “PSDB tem projeto. Sabe o que quer e onde quer chegar””, bradou o presidente estadual Marcos Vieira na convenção e em outros momentos.

Balela.

O PSDB será vice do MDB de Mauro Mariani, com Napoleão Bernardes, que trabalhou o tempo inteiro para ser candidato ao Senado, vaga que os mais próximos davam como certa. Paulo Bauer tentará à reeleição e na outra vaga estará Jorginho Mello, do PR.

Vários personagens queimaram a língua.  Em especial Amin, João Paulo Kleunübing, Napoleão, Bauer e muitos tucanos. Todos serão candidatos, em outras posições.

É só dar uma pesquisada, não é implicância.