Os vereadores de Blumenau da base governista…de Carlos Moisés

Foto: Redes sociais

Nesta quinta-feira, 18, começo da sessão na Câmara de Blumenau, o presidente Egídio Beckhauser (Republicanos) pediu a inversão da pauta, com a votação acontecendo antes dos pronunciamentos – uma mudança no regimento para que isso se torne definitivo foi aprovado, mas ainda não entrou em vigor -, apresentando como justificativa a necessidade de sair antes do término para uma agenda com o governador Carlos Moisés (sem partido), acompanhado do colega Carlos Wagner, o Alemão (PSL).

E a agenda foi muito significativa do ponto de vista político, evidenciando ainda mais a aproximação dos dois vereadores com o governador.  Egídio e Alemão participaram de um jantar para poucos na Casa da Agronômica, residência oficial do governador em Florianópolis. Estavam lá o presidente estadual do Republicanos, deputado estadual Sérgio Motta, Lucas Esmeraldino, secretário de Articulação Nacional e Thiago Vieira, secretário de Infraestrutura.

Segundo os dois, nas respectivas redes sociais, o convite partiu de Carlos Moisés e que “diversos temas foram tratados no encontro, em especial investimentos e ações do Governo do Estado em Santa Catarina, incluindo Vale do Itajaí e Blumenau, que pode chegar a cerca de R$ 350 milhões. Seguimos conversando e trabalhando para aproximar o executivo estadual com os interesses da nossa gente. Blumenau é forte e merece toda atenção”, escreveu o vereador Carlos Wagner.

“Um imenso prazer estar reunido com as autoridades do nosso estado, proporcionando a aproximação e um amplo diálogo para as melhores ações a todos os catarinenses. Temos mantido esse contato com Moisés e seu secretariado, sendo sempre receptivos a atender as demandas de Blumenau e Vale do Itajaí”, está escrito nas redes de Egídio.

São as primeiras sementinhas plantadas no meio político de Blumenau para o projeto de reeleição, terra onde a quase toda classe política torce o nariz para o governador. O único que chegou a ser próximo era o deputado estadual Ricardo Alba, que hoje no União Brasil, vai defender outro projeto eleitoral em 2022, provavelmente o prefeito de Florianópolis Gean Loureiro.

É o segundo movimento recente do Governo em direção dos dois vereadores. Na última sexta-feira, o secretário Thiago Vieira veio a Blumenau vistoriar obras e aproveitou para marcar uma reunião relâmpago na Vila Itoupava com o prefeito de Blumenau e secretários municipais. Alemão e Egídio foram convidados pelo secretário estadual de Infraestrutura, gerando uma ciumeira na Câmara.

Mas antes, Carlos Wagner já tinha aberto a aproximação com o Governo e tem sido fundamental neste processo, que sinaliza um monte de coisa. Para começo de conversa, Egídio é pré-candidato a deputado estadual e seu partido é um dos possíveis para o ingresso de Moisés, ainda sem filiação. As conversas indicam que possam caminhar juntos na eleição de 2022.

Também reafirma a independência dos vereadores com relação à administração Mário Hildebrandt (Podemos), que todos sabem tem uma postura bastante crítica ao Governo. Carlos Wagner elegeu-se pela oposição, mas Egídio foi secretário do Governo Mário, permanece fiel, mas já no começo do mandato mostrou sua autonomia ao dar uma curva em todos na eleição da primeira Mesa Diretora da atual Legislatura, suplantando o candidato governista e construindo a eleição para a presidência do Legislativo.

Ainda confirma o movimento muito forte de Carlos Moisés de deixar a imagem – criada por ele próprio no início do mandato – de um gestor distante dos Municípios. Tem conseguido reverter com muitas ações fora da capital, com caneta cheia, atendendo prefeitos e lideranças locais nos pleitos municipalistas, especialmente em cidades menores. Precisa construir alguma base nas cidades maiores, como Blumenau, Joinville, Lages, Florianópolis, Criciúma e Chapecó, onde os prefeitos são os maiores críticos.

 

1 Comentário

  1. Se Moises for reeleito , teremos certeza que o povo realmente gosta de sofrer .

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