Opinião | Sem duplicação, não tem reeleição. Não era hora de fazer mea-culpa?

 

Depois da indignação das entidades empresariais do Vale do Itajaí e de Santa Catarina, com a inócua vinda da direção nacional do DNIT para vistoriar as BRs que o Governo Federal praticamente abandonou no estado, é impossível não lembrar os outdoors de 2017 e também o combate a política “tradicional” feita por muitas lideranças.

E é preciso que estas lideranças e suas entidades façam uma mea-culpa sobre aquele velho ditado, o que está ruim, pode piorar. A postura criada naquela época trouxe um “novo” político como presidente, um inexpressivo deputado federal de sete mandatos que não conseguiu cumprir nem com as parcas sinalizações liberais que emitia.

A infeliz campanha dos outdoors foi um dos movimentos que colocou pecha que todos os políticos eram corruptos ou incompetentes – quando não os dois juntos -, fazendo com que Blumenau e região perdessem representatividade política, em especial em Brasília.

Claro que não foi só isso, a classe política muitas vezes não se ajuda. Mas hoje é possível perceber aonde aquele sentimento nos levou a um país mergulhado em uma ideologia obscura, discriminatória, muitas vezes em nome de uma religião que exclui, com uma inflação recorde, desemprego e sem perspectivas de recuperação econômica.

Ah, mas não tem corrupção neste governo, dizem aqueles com dificuldade de querer enxergar. A rachadinha, os milicianos, os funcionários fantasmas, os pastores amigos dos amigos, o cartão corporativo do presidente, as viagens esdruxulas não contam.

Com tensionamento constante entre os Poderes, através de narrativas difusas e mentirosas, o Governo de Bolsonaro busca gerar instabilidade política, como uma cortina de fumaça para tentar desviar da inépcia da administração federal.

Três anos e quatro meses depois, o que Blumenau e Santa Catarina podem comemorar do Governo Federal? Eu, sinceramente, não vejo algum ponto, e isso não quer dizer que seja a favor do candidato A ou B. Mas, ainda, a grande maioria pensa diferente por estas bandas.

Assim é a democracia, precisamos respeitar as posições. Mas as entidades empresariais precisam colocar a mão na consciência e refletir sobre o ontem e projetar o amanhã. E ocupar o espaço simbólico que representam, não com notas de protesto para burocratas do DNIT, mas sim com o responsável pelo Governo, aquele que ajudaram a eleger, usando a mesma eloquência de momentos anteriores.

E dizer o que esperam e vão fazer de diferente.

4 Comentário

  1. Nem lula, nem bolsonaro chega de governos que separam as pessoas por critérios, precisamos de um presidente que una, e que realmente faça gestão e não como esses 2 que roubaram ou roubam ainda e as pessoa ficam batendo palma e brigando por eles

  2. Tem ainda o orçamento secreto, o sigilo de cem anos em diversos atos e gastos do governo, o fim da transparência, o aparelhamentos de algumas instituições investigativas, a destituição e rebaixamento dos agentes que tentam investigar, a omissão/negligência na pandemia culminando com milhares de morte (o maior percentual em relação a população, do mundo)….. Se não investiga, inibe os órgãos investigadores, impõe sigilo aí não aparecem os malfeitos.

  3. Bem colocadas suas Palavras…nem o governo que passou nem este que está aí parafraseando..fazem algo por Santa Catarina, muito menos por Blumenau…Este Governo poderia ter se consagrado um herói Nacional. Porem, foi contra Vacina, Contra As Urnas Eletrônicas e continua contra por, contra tudo e a todos… Fora Bolsonaro..também..

Faça um comentário

Seu e-mail não será divulgado.


*