Sou do tempo de calendário de parede. Obviamente ele não faz parte mais da casa, pelo menos em local visível. Está na lavação, por conta do meu filho.
Apesar deste “recall” analógico, não sou daqueles que moldam suas rotinas dentro da perspectiva dos 12 meses por ano, de “inícios” e “encerramentos”.
Mas não tem como não se contagiar com o que o momento pede. E o Informe Blumenau olha para o retrovisor e mira os novos caminhos.
Então, aqui vai uma breve reflexão sobre um ano intenso, mas nem tanto. E um novo, que promete fortes emoções.
2026 será um ano eleitoral, o mais decisivo para a história de um país, pois envolve a escolha do presidente da República ao governador, passando pelas Assembleias Legislativas, Câmara dos Deputados e Senado.
2025 encerra com uma polêmica que simboliza o ano, o caso das Havaianas. Uma coisa tão bisonha que não consigo encontrar uma explicação minimamente racional para uma parte do país debater este tema às vésperas de um pleito tão importante.
São as tais narrativas, num país tão carente de informação confiável. Nos tempos atuais, contrainformação é uma arma letal para a conquista dos objetivos de cada emissário, sem nenhum compromisso com a verdade, que é o bem maior de uma sociedade civilizada.
É através do acesso à informação, da boa informação, que uma sociedade se torna mais cidadã, com mais elementos para buscar os seus direitos fundamentais.
Sem fake news, o Informe atingiu números importantes nas redes sociais, em especial no Instagram. Chegamos a ter xx no período, um marco, um orgulho para um site regional falando basicamente de política.
Os algoritmos reconheceram nosso trabalho. Graças aos nossos leitores.
2025 foi o ano dos 10 anos do Informe Blumenau. Parece ontem, a aventura de trocar uma trajetória de jornalista CLT para um jornalista empreendedor. Foi o que o “mercado” exigiu na época.
Então, aos 50 anos. Meio século, uma viagem pessoal do analógico ao digital em termos de comunicação e jornalismo.
Em 2026 vamos para a sexta cobertura eleitoral do Informe Blumenau, a terceira nacional e estadual. Deste jornalista que vos escreve, bom, aí a conta aumenta muito. Desde a retomada das eleições diretas para presidente, em 1989, acompanho com olhar de jornalista.
O que vai dar a eleição que está por vir é um grande ponto de interrogação. E nem é o caso, neste post.
Mas aqui cabe chamar a atenção para o eleitor — principal público do Informe — sobre sua responsabilidade em ano de eleições. Vivemos uma democracia e o cidadão precisa assumir seu protagonismo.
As escolhas da maioria conduzirão o país — e os estados! — pelos próximos quatro anos e elas não podem ser construídas a partir de narrativas, sejam elas de qual lado venham.
E aqui se renova o compromisso do Informe Blumenau. Dar visibilidade aos temas políticos pertinentes a Blumenau e à região, abrindo espaços para reflexões e contraditórios, com a bagagem de mais de 35 anos de atuação profissional.
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