ONS descarta apagão e racionamento de energia em 2022

Foto: reprodução

O nível dos reservatórios das usinas hidrelétricas não será motivo para que ocorra racionamento de energia elétrica ou apagão em 2022.

A informação foi confirmada nesta quarta-feira, 15, pelo diretor-geral do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), Luiz Carlos Ciocchi, em coletiva na qual fez um balanço da atividade do órgão federal em 2021 e projeções para o ano que vem.

No encontro, Ciocchi destacou que as chuvas voltaram a ocorrer em outubro, mês que, tradicionalmente, marca o início do período chuvoso.

Com a recomposição gradual dos reservatórios, que deve ocorrer até abril, a projeção é que eles cheguem ao período seco de 2022 com mais água do que havia em nesta mesma fase do atual ano.

O diretor-geral do órgão destacou outras razões para o otimismo, como o aumento da capacidade energética.

“Por questões hidrológicas, nestes cenários que estamos trabalhando agora, não vemos nenhuma possibilidade de apagão ou risco de racionamento por conta desse fator. Por outros fatores é outra conversa e seria exercício de futurologia. Mas sabemos que o sistema interligado é bastante robusto, então, devemos ter uma resiliência bastante grande para outros fatores”, afirma.

Ciocchi destacou ainda outras razões para otimismo. Além entender que os reservatórios chegarem ao período seco de 2022 mais cheios do que estavam nesta fase de 2021, abastecidos entre 58% e 62% ao fim do período úmido, o diretor-geral do ONS destaca a expansão da infraestrutura.

“Devemos ter a entrada de mais 10 mil megawatts de energia nova no sistema ao longo de 2020, e mais linhas de transmissão, favorecendo trazer mais energia do Norte e do Nordeste para o Sudeste. Uma situação bastante boa que devemos ter para rodar em 2022”, explica.

No entanto, segundo o ONS, a expansão da oferta de energia e o aumento do nível dos reservatórios não significarão o fim do uso das usinas termelétricas, responsáveis por gerar energia mais cara.

Isto, porque há uma orientação legal para recomposição dos reservatórios das hidrelétricas ao longo dos próximos três anos, o que só pode ser feito pelo regime de chuvas e por economia de energia oriunda desta fonte. Para isto, são acionadas gerações complementares da matriz, como a térmica.

No início de dezembro, após a volta das chuvas, o governo determinou a geração de energia térmica a 15 mil megawatts, para baratear o custo médio de geração. Em setembro, o consumo se aproximou de 15 mil megawatts. Esse mês, o país também não tem importado energia de Argentina e Uruguai, o que aconteceu com regularidade ao longo do ano.

Fonte: CNN Brasil

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