O voto que determinou a manutenção dos trabalhos da CPI do Esgoto

Foto: Rogério Pires/CMB

A Prefeitura até que tentou encerrar a CPI do contrato do Esgoto de forma antecipada, através do líder Flávio Linhares (PL), mas as duas tentativas não deram certo.

Na semana passada, apostou-se no fator surpresa, com o líder pedindo parecer para a Procuradoria da Câmara sobre uma eventual “perda de objeto”, por conta da revogação do 5º aditivo por parte do prefeito Egidio Ferrari (PL) alguns dias antes. Pediu urgência, mas o presidente Diego Nasato (Novo) foi firme e jogou a decisão para esta terça.

O parecer da Procuradoria, em resumo, diz que a decisão deveria ser política, não nestas palavras, e ela foi para o voto. E mesmo com, em tese, quatro vereadores da base na comissão, contra um de oposição, a administração municipal evitou um desgaste ainda maior, de perder tendo maioria. Assim, os cinco membros votaram pelo prosseguimento dos trabalhos.

E o voto do vereador Egídio Beckhauser (Republicanos) foi o decisivo para esta “unanimidade”.

O vereador Bruno Cunha (Cidadania), que também é da base, pelo menos por enquanto, já havia anunciado que votaria pela sequência. Com o voto do presidente Diego Nasato, seriam dois, precisava de mais um.

Linhares vota com o Governo e os bastidores dizem que o PP se aproximou novamente da administração e isso pesaria no voto de Marcelo Lanzarin. Em tese, dois votos.

Quando Beckhauser avisou que votaria pela sequência da CPI, a orientação que partiu do 3º andar era liberar geral, para evitar um desgaste ainda maior.

Egidio Beckhauser é um político a ser estudado. Não é muito de dar entrevista – sobre política, pois sobre esporte fala bastante -, e não é eloquente nas suas manifestações na tribuna. Oriundo do esporte, em especial do futsal, revela-se um verdadeiro jogador de xadrez nas negociações políticas. Foi assim na eleição da atual Mesa Diretora e na primeira da Legislatura passada, quando elegeu-se presidente, mesmo recém-iniciando um mandato.

Teve a trajetória política atrasada quando a chapa de vereadores do seu partido, eleita em 2020, veio a perder os votos por conta de duas candidaturas femininas, consideradas laranjas pela Justiça Eleitoral. Perdeu dois anos do mandato passado, mas conseguiu eleger-se novamente.

Foi candidato a deputado estadual em 2022, fez 16.123 votos. Será candidato a deputado em 2026, resta saber se federal ou estadual.

 

2 Comentário

  1. Os vereadores da base aliada e o mencionado acima é da base aliada, votaram a favor de manter a CPI porque a procuradoria jogou a responsabilidade a comissão e para não terem que se explicar a população , votaram pela manutenção.
    Parabéns a procuradoria , jogou a bomba de volta para aqueles que queriam acabar com a CPI .

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