O perfil do homem que atacou a creche em Blumenau, segundo a Polícia Civil

Foto: Ricardo Trida/Secom

As forças de segurança do Estado de Santa Catarina divulgaram nesta segunda-feira, 17, o resultado da investigação sobre a tragédia que vitimou quatro crianças e deixou outras cinco feridas, na creche Cantinho Bom Pastor, em Blumenau, no dia 5 de abril. O autor dos crimes foi indiciado por quatro homicídios e cinco tentativas de homicídios.

Na coletiva de imprensa, a Polícia Civil divulgou detalhes do inquérito policial que foi remetido ao judiciário catarinense. A investigação foi realizada pela Divisão de Investigação Criminal (DIC) de Blumenau em trabalho conjunto com os peritos da Polícia Científica de Santa Catarina e colaboração da Polícia Militar, Corpo de Bombeiros Militar e Secretaria da Educação do Estado.

Não vamos entrar em detalhes. Até fotos da(s) arma(s) que o maníaco usou foram mostradas. Mas, quero explorar o perfil do criminoso, para tentar entender o que não dá para entender, muito menos aceitar.

No depoimento da mãe, segundo a polícia, ela afirmou que ele teve, dentro do possível, uma infância e adolescência normal. Porém, mais recentemente, há cerca de três anos, começou a usar drogas, em especial, cocaína. Laudos da perícia apontaram cocaína e álcool no sangue dele, mas sem necessariamente precisar se ele tinha consumido antes do crime.

“Ele era uma pessoa antes das drogas, virou outra depois”, disse a mãe em depoimento.

Com relação a tentativa de homicídio contra o padrasto, o delegado-geral da PCSC, Ulisses Gabriel, disse que, depois ter registrado BO, não houve exame de corpo de delito, que fez com que a investigação não fosse adiante.

O criminoso agiu sozinho, mas para um amigo disse que “faria algo grande”, fato que foi levado como bravata. Outra situação apontada por duas pessoas próximas, era uma espécie de idolatria por um policial militar que frequentava a mesma academia que ele. Em depoimento, ele chegou a dizer que fez o que fez para mostrar para este policial que ele “era também corajoso”.

Outro fato importante diz respeito as redes sociais. Não há interação dele com ninguém sobre o crime ou que desse indícios de que poderia praticar, Participava de alguns grupos, tipo seita satânica, mas não interagia também.

Os policiais ficaram espantados com a frieza dele. Não mostrou arrependimento, pelo contrário, falou que faria tudo novamente.

Lembrando que o criminoso não tinha vínculo algum com a creche, a escolha foi aleatória. Ele teria pensado em cometer o crime em unidades do bairro Escola Agrícola, mas desistiu, em tese por conta de um muro alto, para depois entrar na Bom Pastor.

Para a Polícia Civil, o investigado agiu sozinho e tinha a intenção de matar um número maior de crianças. O homem usou a moto para executar o plano e depois se entregou ao Batalhão da Polícia Militar de Blumenau.

“Por todo o exposto, considerando todos os elementos angariados no decorrer da investigação, conclui-se que, de plena consciência da ilicitude do fato, como também de livre e espontânea vontade, o homem foi o autor do crime”, disse o delegado-geral.

1 Comentário

  1. Assassino frio….entreguem ele no presídio para os demais presos .
    E não venham com direitos humanos , que todos tem direito a vida , se vierem escrever isto aqui, se coloquem no lugar dos pais e familiares das crianças . Demagogia e idolatria a vagabundo só serve para quem é medido na mesma regua .

Faça um comentário

Seu e-mail não será divulgado.


*