O mundo paralelo dos (de alguns) bolsonaristas

Imagem: reprodução

Uma coisa é ter votado no presidente Jair Bolsonaro (PL), preferir ele ao PT de Lula. Não gostar do resultado da eleição, democrática, transparente e sem fraudes, faz parte, mas não aceitar o resultado é antidemocrático e quando tentam impor suas convicções com coação, cerceamento do direito de ir e vir e até violência, é crime.

Um pequeno grupo de bolsonaristas ainda pensa e age assim, embalados na omissa e irresponsável postura do derrotado, cujo silêncio e mensagens subliminares permitem os radicais a pensarem e adotarem posturas que fogem da realidade.

Vivem no mundo paralelo, o das suas verdades, ignorando que verdade é uma só.

Nesta terça-feira, o Informe Blumenau e a imprensa no mundo inteiro repercutiu os atos de vandalismo e violência ocorridos em Brasília, no dia da diplomação do presidente eleito Lula,  tendo como pretexto da prisão de um indígena pela Polícia Federal, que se apresenta também como pastor, que já foi preso por tráfico de drogas e não é reconhecido pela comunidade indígena. Ele foi preso por gravar vídeos onde incitava a violência para evitar a posse de Lula no dia 1º de janeiro.

A postagem no Informe gerou enorme repercussão, com muitos bolsonaristas cegos e fanáticos falando que era notícia fake, tendenciosa, acompanhados daqueles ataques agressivos característicos de quem não tem argumentos.

Até aí, já estamos acostumados.

Mas o fato que quero relatar aqui e que me chama a atenção, é o contraponto, no mesmo sentido, que duas importantes lideranças de Blumenau fizeram no WhatsApp. Pessoas de relevantes serviços prestados nas suas áreas, com protagonismo, pessoas inteligentes e com acesso a informações. Me enviaram vídeos desconectados, com montagens bizarras, para dizer que os atos de vandalismo não teriam sido praticados por bolsonaristas e sim pessoas inflitradas.

Vale a pena ver a longa reportagem da noite desta terça do Jornal Nacional, cujas imagens falam por si. Nenhum veículo sério de imprensa – Jovem Pan News não é um veículo sério de imprensa, é um puxadinho do bolsonarismo capacho – tratou a notícia como um ataque de infiltrados, simplesmente por que o que aconteceu foi claro e vemos na manifestação do indígena preso, do caminhoneiro de Rio do Sul e de muitos outros bolsonaristas que acham que vão ganhar no grito e na violência.

Não vão. E muitos podem ainda parar na cadeia.

Dá um play aí.

 

5 Comentário

  1. Sr Alexandre.
    Você ainda assiste o Jornal Nacional?
    Por isso anda bem informado!!!!!

  2. Durante mais de 60 dias existem manifestações PACIFICAS, com a manobra do Xandão de antecipar a diplomação , a postura mudou ?
    Por favor , não sejamos hipócritas , a quem interessa a postura dos vandalos ?
    Brasilia foi inundada de vermelhos ,postura desta natureza tem cara e jeito dos vermelhos , assim abrem precedente para que a quadrilha peça ao STF/STE para acabar com as manifestações pacíficas . Como os vermelhos falam sobre as urnas , que alegam não haver fraude e pedem provas , provem que estas pessoas são apoiadores do Presidente do Brasil .Apresentem o codigo fonte das urnas ao exercito e parem de serem hipocritas, cegos , e ideologistas sem memória .Lembrem-se que o vice do ex presidiário declarou que o bandido queria voltar a cena do crime , parem de serem hipócritas . Apoiar o ex presidiário , ser fã de ladrão , até podemos aceitar , cada um apoia aquele que lhe representa , mas não sejam cegos .

  3. Digo mais. É exatamente esse comportamento de não aceitar a realidade que fez o PT voltar pro poder. Quando Bolsonaro tomou dúzias de decisões erradas (tirar o COAF do ministério da justiça, lotear o governo pro centrão, aliar-se a figuras que ele chamou de “escória da política” no passado, mostrar constantemente desrespeito por pessoas, minorias e pela vida em geral, só pra começar) e as pessoas criticaram, bolsonaristas em geral (salvo raras exceções) se recusaram a aceitar a realidade. Isso foi afastando cada vez mais gente. Caso contrário, Lula JAMAIS teria voltado. E isso segue até os dias atuais, como dá pra ver aí nos outros comentários.

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