O abraço de Mário Hildebrandt a Carlos Moisés

Foto: Eraldo Schnaider

A foto do amigo Eraldo Schnaider diz muito sobre a relação entre o governador Carlos Moisés (Republicanos) e o prefeito Mário Hildebrandt (Podemos). Foi tirada na noite desta quarta-feira, durante o ato de lançamento do maior pacote de investimentos a fundo perdido nas áreas de Infraestrutura e mobilidade em Blumenau, mais de R$ 130 milhões.

O ato entrou na cota administrativa, mas foi um evento político, que sinalizou para o grande público a parceria e afinidade entre o Governo e Blumenau, Moisés e Mário. O setor 4 da Vila Germânica recebeu um grande público. Muitos comissionados, estudantes da FURB beneficiados com bolsas, atletas e treinadores na expectativa de ouvir novidades sobre a municipalização do SESI, moradores beneficiados com obras e por aí vai. Além do mais, tudo foi transmitido pelas redes sociais da Prefeitura.

Depois de três anos de tapas e beijos, Moisés e Mário se afinaram na reta final do ano passado. O governador se aproximou, o prefeito cobrou a ausência dele em Blumenau e região. Moisés, que conquistou o apoio do partido de Mário no andar de cima, em Brasília, pediu apoio para o projeto de reeleição e o o chefe do Executivo municipal condicionou com a reciprocidade do Estado com a cidade.

Carlos Moisés abriu os cofres estaduais de forma nunca vista para Blumenau, sendo que a grande parte dos recursos anunciados estão garantidos, com obras autorizadas para iniciar e licitações com recursos alocados. E ainda, com compromissos futuros assumido, como é o caso do Complexo do Sesi,

Pragmático, político, Mário Hildebrandt abraça Moisés e vai liderar, no maior colégio eleitoral de Santa Catarina, o Vale do Itajaí, uma frente de prefeitos encantados com o Plano 1000, uma proposta municipalista que sempre foi o sonho daqueles que administram as cidades.

A matemática de Hildebrandt e da maioria dos prefeitos catarinenses é fácil. Se Moisés for reeleito, o Plano 1000 está garantido no caixa dos municípios daqueles que tem mais dois anos de mandato a partir de 2023. Com outros candidatos, fica um ponto de interrogação.

Muita gente critica a liberação neste ano eleitoral, os motivos de não ter feito antes, esta aliança entre ex-adversários políticos e por aí vai. São críticas pertinentes, mas o que se quer são obras que melhorem a vida das pessoas.

Ou não?

 

 

1 Comentário

Faça um comentário

Seu e-mail não será divulgado.


*