Novo mapa da cobertura florestal de SC será apresentado nesta terça

Imagem: divulgação

Os resultados do projeto MonitoraSC, contratado pela Secretaria de Desenvolvimento Econômico Sustentável (SDE) e realizado pela Universidade Regional de Blumenau (FURB), serão apresentados à sociedade catarinense nesta terça-feira, 15 de dezembro, a partir das 15 horas, em transmissão ao vivo pelo canal da FURB TV e da SDE no YouTube. O projeto foi desenvolvido com o objetivo de elaborar um novo mapa da cobertura florestal, dos reflorestamentos e de outros usos da terra em Santa Catarina. Foram empregadas tecnologias inovadoras de processamento de imagens do satélite Landsat-8, do ano de 2017, para identificar e mapear os diversos usos da terra.

Segundo os autores do estudo, é a primeira vez que o estado dispõe de um mapa tão detalhado e abrangente, com 12 diferentes temas mapeados, especificamente elaborado considerando as particularidades e a diversidade do território catarinense. O mapa tem uma confiabilidade maior que 95% para todos os tipos de cobertura e uso. Foi desenvolvido com tecnologia de códigos computacionais abertos e replicáveis, para dar conta dos complexos processamentos de dados, com a participação de instituições de ensino superior. “Este mapa estabeleceu, com seu alto grau de confiabilidade (chamada tecnicamente de “acurácia”), uma linha base para o permanente monitoramento das florestas e outros usos no estado”, informa o professor da FURB, Alexander Vibrans, coordenador do estudo.

De acordo com o mapa do MonitoraSC, florestas nativas cobrem 38,0% do território catarinense, equivalentes a 3,618 milhões de hectares, enquanto os reflorestamentos das espécies de Pinus spp. e Eucalyptus spp. cobrem 10,5% do estado, ou seja, 994.000 hectares. A agricultura está presente em 16,7%, incluídos as áreas de cultivos de arroz irrigado (1,77%); pastagens e campos naturais foram mapeados em outros 29,2%.

Os autores também afirmam que, pela primeira vez, foram mapeados detalhadamente em Santa Catarina os remanescentes da restinga, presentes em 74.290 hectares (0,78% do território). Além destas áreas, foram mapeados os locais de ocorrência potencial (ou original) de restinga; estas são área que, pelas suas características geológicas, geomorfológicas e de solo, de possível ocorrência das diversas formações da restinga. Os remanescentes de restinga cobrem hoje 45,8% destas áreas “originais”; nos demais 54,2% encontram-se hoje os núcleos urbanos e cidades (em 18%), pastagens (em 23%), reflorestamentos (em 9%) e, em pequena escala, culturas agrícolas (em 1%).

Segundo a Diretoria Clima Biodiversidade da SDE, o novo mapa proporciona a base de dados necessária para o planejamento territorial, tanto em escala estadual, como municipal; ele permite priorizar programas de desenvolvimento regional e de conservação de recursos naturais; permite quantificar o estoque de carbono contido nas florestas das propriedades rurais; possibilita a implantação de programas de Pagamentos de Serviços Ambientais (os chamados “PSA”), remunerando, por exemplo, ações de proteção e restauração de florestas.

O trabalho foi realizado mediante convenio firmado entre a SDE e a Universidade Regional de Blumenau (FURB) entre 2016 e 2020. Do estudo participaram professores e pesquisadores da FURB e da UDESC, coordenados pelo prof. Alexander Christian Vibrans, do Curso de Engenharia Florestal da FURB. Participaram também os professores da Universidade de Blumenau, Julio C. Refosco e Luciana Araújo Kohler, além do professor Veraldo Liesenberg (UDESC/CAV), egresso do curso de Engenharia Florestal da FURB.

Fonte: Furb

1 Comentário

  1. Parabéns?a SDE e aos nossos Professores da FURB!!!!!

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