Moro na estrada (ou seria no avião?) para tentar ser a 3ª via

“Começo hoje a rodar o Brasil. Nesta semana, estarei na Paraíba.”

Com esta mensagem, o ex-juiz, responsável pela Operação Lava Jato, e ex-ministro da Justiça do Governo Bolsonaro (PL), Sérgio Moro (Podemos) confirma a tentativa de se construir como alternativa eleitoral, num cenário que coloca o ex-presidente Lula e o atual presidente como favoritos nas pesquisas eleitorais, faltando cerca de nove meses para a eleição.

Sabendo deste cenário, a estratégia está bem definida. “Conto com vocês nessa jornada que está só começando. Temos um país para salvar de uma triste polarização entre pelegos e milicianos. Vamos construir a nação moderna e inclusiva que queremos”, segue a mensagem de Moro.

Na agenda paraibana, conversa com lideranças empresariais, religiosas e a participação em uma festa de aniversário de um deputado federal daquele estado. E claro, conversa com a imprensa local.

Na foto que ilustra esta postagem, Moro está junto com representantes da Igreja Evangélica. “…tive a honra de conhecer uma das lideranças evangélicas mais importantes da PB, Pastor Estevam Fernandes. Ouvir e aprender com pessoas de princípios e valores é essencial neste projeto de construir um Brasil mais justo”, escreveu em suas redes sociais o pré-candidato.

Neste primeiro dia de pré-campanha, Moro tomou um choque de realidade. Foi chamado de traidor e juiz ladrão na chegada tumultuada ao aeroporto de João Pessoa

Apesar de ter ainda um apelo popular, o ex-juiz perdeu prestígio em diferentes perfis da sociedade ao entrar e sair do Governo Bolsonaro. Ao entrar, deu margem para quem considera que houve um movimento orquestrado para evitar que Lula participasse da eleição em 2018 e ao sair se queimou com a horda bolsonarista.

E passou a ser visto com desconfiança por quem não está de um lado, nem outro.