Microsoft diz que ‘escuta’ conversas só com autorização de usuários

Foto: reprodução internet

A Microsoft afirmou nesta quarta-feira, 7, que seus funcionários escutam conversas para aperfeiçoar as funções de tradução de voz oferecidas pelo Skype e seu assistente digital Cortana, mas somente quando obtém a autorização do usuário.

A empresa americana defendeu seu manejo de dados de voz ao ser consultada pela AFP e indicou: “A Microsoft coleta dados de voz para proporcionar e melhorar serviços habilitados para voz como a busca, comandos de voz, ditado ou serviços de tradução”

Esta declaração da Microsoft chega em resposta a uma matéria no site de notícias Vice que indica que as pessoas da companhia escutaram conversas sobre assuntos pessoais como relações sentimentais e perda de peso.

“Nos esforçamos para ser transparentes sobre nossa coleta e uso de dados de voz para garantir que os clientes possam tomar decisões informadas sobre quando e como se utilizam seus dados de voz”, destacou o grupo à AFP.

A Microsoft afirmou que obtém a autorização dos clientes antes de coletar seus dados de voz e toma precauções de privacidade, incluindo a eliminação da informação de identificação do usuário antes de compartilhá-la com os provedores encarregados de ajudar a melhorar o software ou os serviços que fornece.

A companhia também indicou que exige que os fornecedores cumpram os padrões de privacidade estabelecidos na lei europeia.

“Continuamos revisando a forma como manejamos os dados de voz para nos assegurarmos de que as opções sejam o mais claras possível para os clientes e proporcionem fortes proteções da privacidade”, disse a Microsoft.

A notícia chega depois de que uma série de erros na proteção da privacidade foram divulgados nos últimos meses e levantaram novas preocupações em diferentes âmbitos sobre o futuro dos assistentes digitais controlados por voz, um mercado em crescimento, visto por alguns como a próxima fronteira em informática.

Incidentes recentes que envolvem dispositivos das gigantes Google, Apple e Amazon mostram que, apesar do forte crescimento no mercado de dispositivos inteligentes, é necessário mais trabalho para garantir aos consumidores que seus dados estão protegidos quando usam essa tecnologia.

Fonte: AFP e G1

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