Jovens preocupam-se com o que seus pais postam em redes sociais, diz pesquisa

Foto: reprodução

O choque de gerações na internet sempre foi bastante visível, mas um estudo recente da Microsoft traz dados sobre embates entre mais novos e mais velhos. A pesquisa revelou que adolescentes pensam que seus pais compartilham demais sobre a privacidade de seus filhos em redes sociais.

O estudo foi realizado em 25 países, sendo que 42% do total de adolescentes disseram que enxergam o compartilhamento paterno em redes sociais como um problema. Somente 28% disseram que seus pais nunca postam nada sem que pedissem permissão ou informassem sobre isso.

Os dados ainda são preliminares de um levantamento sobre o estado da civilidade digital que a Microsoft está fazendo.

Outro dado importante diz respeito a riscos a que crianças são submetidas pela falta de cuidado de seus pais em compartilhar informações. Segundo o levantamento, 66% dos adolescentes disseram que já foram vítimas de bullying e outras categorias de exposição por conta dos pais.

O estudo, chamado Civility, Safety and Interaction Online — 2019 (Civilidade, Segurança e Interações Online, em tradução livre) busca encorajar práticas mais seguras, respeitosas e saudáveis dentro do ambiente digital. A pesquisa levantou questões de jovens entre 13 e 17 anos, além de adultos entre 18 e 74 anos sobre a exposição a riscos online, entre eles, reputação, comportamento e problemas sexuais. No total, foram 15 mil entrevistados, incluindo o Brasil na pesquisa.

O risco de compartilhar informações sobre crianças na internet é já conhecido de pesquisadores. Há até um termo para isso: o sharenting. A palavra vem da junção dos termos em inglês compartilhar (share) e pais (parent).

Entre os principais problemas, para além da consequência direta de bullying, há também a exposição para crimes na internet. Especialistas alertam para compartilhamento de fotos que indiquem onde a criança estuda (com livros ou uniforme, por exemplo) ou outras atividades que faz. Tais informações são geralmente usadas para crimes como o de sequestros falsos.

Fonte: Microsoft e CanalTech

Seja o primeiro a comentar

Faça um comentário

Seu e-mail não será divulgado.


*