Informe Blumenau completa seis anos, em um oceano revolto

Em 27 de setembro de 2015, no editorial de estreia do Informe Blumenau neste formato mais profissional, escrevi que estávamos colocando o “barco”, alusão ao portal, no oceano de possibilidades chamado de Internet.

Crescemos muito, com uma proposta jornalística de não abordar notícias policiais e de trânsito, o que nos limita a grande audiência, mas torna ainda mais relevante a que conquistamos nestes seis anos.

Fizemos questão de abrir espaço para visões plurais e progressistas, sem deixar de lado o compromisso com o jornalismo. Demos visibilidade a ações simples e questões controversas, temas cotidianos e discussões filosóficas.

Registramos as manifestações de nossas lideranças, com mandato e sem mandato. Repercutimos notícias nacionais que impactam a vida de todos.

Valorizamos as boas ações e ideias e expomos as contradições de tantas outras.

Nossos colunistas e colaboradores trazem, através dos seus artigos, reflexões necessárias, em diversos campos, com diferentes formações e matizes ideológicas.

Um sonho antigo, a TV Informe, se materializou com a pandemia e a obrigação de nos reinventarmos. O Informe Blumenau Entrevista, Entrevista com Danubia, Resenha de Preto, trouxeram para o canal conversas diferenciadas, ricas de conteúdo, as vezes tensas, as vezes exótica, engraçadas, mas sempre interessantes.

Tudo  para que quem nos acompanha possa ter mais ferramentas para entender a política e suas implicações.

A informação, em tempos de Internet, é assim, garimpo. E é isso que buscamos incessantemente desde o começo, mas ela não é isenta, e reconheço.

E não escondo.

Não compactuamos com discriminação, preconceito, com discurso de ódio, fake news, intolerância. Temos memória, pela idade deste que vos escreve e pelo estudo da história recente.

Parece incrível em pleno século 21 reafirmar, mas é preciso, que a ciência precisa ser respeitada e valorizada, nestes tempos tão estranhos de pandemia. Foi ela que deu as respostas necessárias neste momento global tão delicado.

O jornalismo não tem as respostas, elas vem das fontes capacitadas e, portanto, credenciadas para falar do assunto “A” ou assunto “B”. É assim que aprendi, lá final da década de 1980 e exercito até hoje, 32 anos depois.

Mas nestes tempos tão valiosos de inclusão digital, se reverbera também o pior do ser humano nas redes sociais, pessoas comuns que se tornam especialistas no que acreditam, sem fundamentação alguma. E estimuladas por políticos e empresários sem escrúpulos, que, com robôs digitais, propagam mentiras e meias verdades alimentando milhares de pessoas, que acreditam por uma série de circunstâncias.

O que faz o oceano da informação, do jornalismo, da reflexão, um mar agitado, de muitas ondas. E muitas dúvidas se vale a pena prosseguir, por conta da rotina e da sanidade pessoal.

Sim, estou abrindo meu coração no dia que o Informe Blumenau completa seis anos. Mas tenha certeza, se chegamos até aqui, é por você que nos acompanha por gostar da gente.

Nosso muito obrigado!

 

3 Comentário

  1. Como blumenauense, só tenho a agradecer por você ter escolhido esta cidade na sua jornada de profissionalismo, criatividade, empreendedorismo e noticiabilidade/credibilidade. Siga em frente que a gente de nossa terra precisa muuuito de vo. Quem faz da profissão missão, evolui pra sempre!!

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