Facebook Watch muda o foco para público mais velho

Rejeitado por produtores de conteúdo voltado ao público jovem (e esnobado por este mesmo público), o Watch, a resposta do Facebook para o YouTube, está conversando com publishers para produzirem material em vídeo para audiências acima dos 30 anos. Haja vista que o abandono dos jovens se dá pelo fato de eles não terem se habituado a assistirem vídeos longos pela rede social, há uma evasão deles para o YouTube, da Google.

A medida do Facebook ambiciona conter os prejuízos recentes: segundo uma conferência com investidores e analistas em outubro, Mark Zuckerberg, CEO do Facebook, disse que expandir o conteúdo em vídeo era uma das medidas essenciais para o futuro da rede social, que anteviu uma queda de faturamento no início deste ano e relatou ter ficado abaixo das metas de faturamento para o terceiro trimestre. Rodar anúncios em vídeo — o principal produto do Watch — seria uma forma de balancear essas perdas.

O Facebook Watch foi originalmente lançado em agosto de 2017 como um hub de conteúdo em vídeo para o Facebook, em resposta direta ao YouTube. Na ocasião, a expectativa era a de que produtores de conteúdo original migrassem para a rede social a fim de inserir programas e produtos em um formato mais direto ao usuário. Um ano depois, isso não se concretizou: em agosto de 2018, o Facebook disse ter aproximadamente 50 milhões de usuários logados no Watch, algo ínfimo se comparado aos 1,8 bilhão de usuários no YouTube (segundo estimativa da própria Google, divulgada em maio).

O Facebook chegou a gastar o valor aproximado de US$ 1 bilhão com aquisições de shows e produtos originais, segundo informações da Variety. Executivos que firmaram acordos com a rede, porém, já deixaram o projeto em busca de outras oportunidade. Paralelamente, o Facebook vem enfrentando um crescente desinteresse do público jovem em ficar dentro da rede social: segundo relatório do banco de investimento e gestão de ativos Piper Jaffray, 36% do público adolescente usa o Facebook uma vez por mês — uma queda considerável, frente aos 52% de dois anos atrás. A boa notícia neste aspecto, porém, é que aqueles que abandonaram o Facebook migraram… para o Instagram.

Fonte: CNBC e CanalTech

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