Esperidião e Jorginho, juntos ou separados?

Não sei quantos cafés foram, mas o fato é que a imagem de um deles estimula a expectativa de que os colegas senadores Jorginho Mello (PL) e Esperidião Amin (PP) possam selar uma aliança das duas principais forças do bolsonarismo em Santa Catarina.

Mas o fato é, que desde este encontro, as duas lideranças não se “encontraram’, pois disputam o mesmo espaço, serem candidatos ao Governo. Esperidião já foi governador, é uma liderança consolidada e é amigo de primeira hora do presidente Jair Bolsonaro (PL). Jorginho é do mesmo partido do presidente, é o senador mais afinado com as pautas governistas e já está com o time em campo há mais tempo.

Os dois sabem que o momento é este, pois para 2026 o cenário eleitoral já é totalmente outro, não terá o presidente como cabo eleitoral. Estar fora agora pode ser perder o trem da história.

Nesta semana, o deputado Ivan Naatz, aliado de Mello, disse que a aliança estava próxima, mesmo sentimento de pessoas no entorno do senador do PL, que já tem junto de si o ex-secretário nacional da Pesca, Jorge Seif (PL), como pré-candidato ao Senado. A vaga de vice é oferecida para a deputada Federal Ângela Amin ou do deputado estadual João Amin.

Mas Esperidião entende que tem mais densidade do que Jorginho – e é verdade, apesar que tem a maior rejeição também – e sugere que o PL seja vice, oferecendo a vaga a Filipe Mello, filho de Jorginho.

É uma disputa de espaços e egos. Mas dividir o voto de um bolsonarismo em queda em SC é praticamente um suicídio, que pode fazer com que nenhum vá ao segundo turno.

De longe, eu apostaria que Esperidião Amin fará como em 2018. Ciscou, ciscou, marcou terreno e apoiou outro candidato, fortalecendo a família, quer dizer, o partido, na chapa majoritária do PL.

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